A construção da quadra poliesportiva da Emeb (Escola Municipal de Educação Básica) Mário de Andrade, no Jardim Copacabana, em São Bernardo, está com entrega atrasada em dez meses. Interditada desde o dia 1º de dezembro de 2010 pela Prefeitura, a obra, que inclui cobertura metálica e fechamento lateral, deveria ter sido concluída em 30 de abril de 2011.

Ou seja, no ano passado, os cerca de 430 alunos, dos ensinos Infantil e Fundamental, ficaram sem utilizar o único espaço esportivo da escola - antes havia quadra descoberta no local. O problema, no entanto, persiste.

"É um direito das crianças. Bem ou mal, a quadra antiga possibilitava a prática de esportes. Sem falar que se torna um incentivo a mais para os alunos irem à escola", afirmou o inspetor de qualidade Cauê de Carvalho Boerges, que possui filho matriculado na 4ª série.

Com várias paralisações, a obra foi retomada dias atrás pela Construtora Cappellano, de São Paulo, vencedora de licitação para construção de 51 quadras poliesportivas nas escolas municipais. O valor total do contrato é de R$16,9 milhões - R$ 186.260,44 só da Emeb Mário de Andrade.

Ontem à tarde, a equipe do Diário esteve no local. Procurada, a diretora da escola disse estar em reunião. Seis funcionários terceirizados da construtora trabalhavam no espaço, alguns no fechamento da quadra.

"O processo é lento aí dentro", opinou um vizinho, morador em frente à placa de publicidade da obra do governo Luiz Marinho (PT), que traz as datas de início e de término da construção, além dos valores e dos serviços a serem executados: cobertura, fechamento lateral, pisos, acessibilidade e iluminação em quadra poliesportiva.

O engenheiro Adriano Salvatore Cipullo, da Cappellano, disse que a obra não foi entregue no prazo previsto devido à necessidade de retirada de árvores. bem como de mudança de projeto de fundação - havia um reservatório enterrado sob a projeção da quadra.

Até o momento, a empresa entregou 32 quadras e nove estão em construção, segundo o engenheiro. A nova data de entrega é 3 de abril.

Do contrário, pais prometem bolo para festejar um ano de aniversário sem a quadra. "É uma obra em marcha lenta", afirmou Luciana Vieira da Silva, 32 anos, mãe de criança na Emeb, que toma um quarteirão, quando informada da retomada.

Indagada sobre o assunto, a Prefeitura não respondeu.