Todos os dias vemos novos termos passarem a fazer parte do dia a dia das empresas. Compliance é um deles. Vemos esta palavra repetidamente em nosso cotidiano. Mas você sabe o que ela significa?

A expressão vem do verbo em inglês to comply e significa agir de acordo com uma regra, uma instrução interna, um comando ou um pedido. De maneira geral, estar em compliance é estar em conformidade com leis e regulamentos internos e externos.

Em especial neste atual momento, a governança corporativa e o compliance são mais que necessários para nosso País. São temas que estão em alta e que devem permear empresas, governo, pessoas. Vemos todos os dias nos noticiários escândalos, com desvio de dinheiro e prejuízo para a sociedade.

De acordo com dados publicados na Business Harward Review, a União Africana, ainda em 2004, divulgou relatório apontando que o continente perdeu na década de 1990 cerca de US$ 148 bilhões ou 25% do PIB (Produto Interno Bruto) em práticas de corrupção. Segundo informações da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), ainda de 2013, no Brasil, crimes similares drenam da economia anualmente um montante entre R$ 51,4 bilhões a R$ 84,5 bilhões, o que equivale a 22% do que o Brasil gasta anualmente em Educação ou 88% do que investe em pesquisa.

Uma prática institucionalizada de compliance e, consequentemente, boa governança corporativa, são essenciais para empresas, especialmente no momento em que vivemos, para alterar esta realidade. É necessária uma mudança de postura. As empresas precisam enxergar que a rentabilidade sustentada de uma organização pode ser positivamente impactada com a implantação de um efetivo programa de compliance, decisivo para o surgimento de outra cultura organizacional. A companhia tende a ganhar eficiência por meio da implantação de processos que sustentarão as diretrizes estratégicas da empresa e garantirão sua boa governança.

No caso das empresas, o compliance deve estender-se a diversas áreas: fiscal, tributária, trabalhista. Este conceito envolve práticas de gestão, onde mecanismos específicos podem oferecer inovações. O processo ajuda a empresa a adotar melhores procedimentos e ferramentas que auxiliam na execução de tarefas, garantindo menor risco e exposição ao Fisco. Ferramentas tecnológicas e modernas podem ajudar, por exemplo, a realizar revisões fiscais sobre arquivos magnéticos e avaliar sua consistência antes da entrega de documentos. O compliance atua de forma preventiva e pode evitar encargos, multas, processos administrativos e judiciais.

As empresas precisam se estruturar adequadamente para enfrentar os riscos. É preciso alterar seu modelo atual visando atingir um patamar de governança corporativa e assegurar a longevidade de seus negócios. Nesse contexto, entender o que é compliance e como ele funciona é fundamental.

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