Começa nesta terça-feira, no Museu da Imagem e do Som (MIS), o 1º Festival de Cinema da Nova Zelândia, com o apoio do Consulado desse país da Oceania, a nordeste da Austrália, que tem como língua oficial o inglês. Serao sete longas-metragens e oito curtas, que ficarao em cartaz até dia 21. O cinema neozelandês vem ganhando importância nas últimas décadas. Seu crescimento tem origem no sucesso do cinema australiano, do qual sofre visível influência.

Alguns filmes, como "Topless Women, Talk About Their Lives", primeiro longa de Harry Sinclair, ganharam vários prêmios internacionais. O diretor Sinclair participará do Festival de Cannes, que começa quarta-feira, com seu segundo filme, The Price of Milk. Nesta terça, ele faz a palestra de abertura do festival no MIS, às 19 horas. Segundo os organizadores, a proposta da mostra é fazer uma seleçao representativa das várias tendências desse cinema.

"Incluímos filmes recentes e outros premiados internacionalmente, para estimular a presença dos cinéfilos", explica a cônsul da Nova Zelândia em Sao Paulo, Janette Malcom. No Brasil, há cerca de 30 filmes da Nova Zelândia disponíveis em vídeo. Talvez o mais famoso seja O Piano, de Jane Campion. A maior dificuldade será de quem pretende assistir um dos curtas-metragens. Nenhum deles tem legendas em português e, apesar de serem falados em inglês, o sotaque neozelandês é difícil de ser compreendido.

Outros longas do festival sao "Sleeping Dogs" (1997), ficçao futurista do diretor Roger Donaldson, que mora em Los Angeles e atua no cinema americano - dirigiu Cocktail, com Tom Cruise, e Cadillac Man, com Robin Willians. Já Ngati (1987) chama a atençao por ser feito pela comunidade Maori, nativa do país. O filme mostra o processo de perda dos preconceitos raciais vivido por um médico australiano que trabalha em Kapua. An Angel At My Table é o primeiro longa da diretora de O Piano e ganhou sete prêmios no Festival de Veneza e um no Festival de Berlim.