Setecidades Titulo
Feira escolar enriquece e complementa aprendizado
Juliana Ravelli
Do Diário do Grande ABC
11/09/2011 | 07:30
Compartilhar notícia
Andréa Iseki/DGABC


Frequentes em qualquer instituição de ensino, as feiras escolares são processo enriquecedor para os estudantes. Dar notas é o que menos importa. Para os educadores, fundamental é que os adolescentes estejam transformados ao fim do projeto. Com esse objetivo, o Colégio Clóvis Bevilacqua, em Santo André, realiza neste fim de semana a 12ª edição da Feira Tecnológica.

"No começo pensamos que não tem importância, mas então passamos a interagir. A gente entra no tema e aprende a trabalhar em grupo. É a oportunidade de mostrar nossa capacidade e o que aprendemos no curso", afirma Jéssica dos Santos Botti, 16 anos.

De acordo com o diretor pedagógico Nelson Marcos Beraldo, uma das propostas é fazer a garotada se interessar por pesquisa. "O segundo aspecto é desenvolver a comunicação. Muitos alunos bons não conseguem passar o que conhecem por serem tímidos."

Em meio a perspectivas mundiais nada positivas, o tema do evento não poderia ser mais pertinente: A Esperança do Planeta nas Mãos de Jovens Profissionais. Divididos em grupos, os alunos produziram 71 trabalhos. "Juventude não é só rebeldia, eles nos surpreendem com o empenho", diz a assessora de diretoria Mara Silvia Dalceno Spilla.

Entre os destaques, uma turma fala sobre a violência e pede paz. Na sala de aula, os adolescentes reproduziram os cômodos de uma casa. Cada espaço foi relacionado a um problema específico: álcool na cozinha, drogas no banheiro e agressões contra a mulher no quarto.

Para aprender mais sobre o assunto, Alan Patrick de Medeiros, 16, e os amigos foram ao Alcoólicos Anônimos da cidade. Já Ariane de Oliveira Utishiro, 15, participou de uma palestra sobre a Lei Maria da Penha. "Descobri que sozinha não vou conseguir mudar o mundo, mas com outras pessoas e tendo propostas, é possível", acredita Ariane.

 

Colégio encerra hoje exposição das atividades 

Marcada por antagonismos, a geração do século 21 é precoce e imatura ao mesmo tempo. "Sobre conteúdo, os jovens estão séculos a frente. Mas em termos de maturidade, tomar atitude e resolver problemas, estão mais atrasados. Claro que não podemos generalizar", diz o diretor pedagógico Nelson Marcos Beraldo, há 50 anos no colégio.

Em contrapartida, não falta criatividade. Com fita adesiva, tecido e boa dose de astúcia, uma sala de aula foi transformada em cinema 4D. Além do filme em três dimensões, a tecnologia permite ao público experiências sensoriais, como sentir gotas de água e aroma.

O público se surpreende com o inusitado trabalho dos alunos do curso técnico de Publicidade. Quem quiser pode conferi-lo. Hoje, a feira está aberta à população das 10h às 15h. O Colégio Clóvis Bevilacqua fica na Rua Sidnei, 558, Utinga, em Santo André.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;