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Vereadores de Diadema são contra pancadões
Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
09/09/2011 | 07:30
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A maioria dos vereadores de Diadema é contrária ao projeto de lei da Prefeitura que regulamenta a balada funk de rua - conhecida como pancadão - na cidade. Muitos afirmaram que não aprovarão o texto porque não querem esse tipo de festa na cidade.

O projeto foi protocolado na Câmara no fim do mês passado e ainda não entrou na pauta de discussões dos parlamentares. O governo garante que haverá debates exaustivos sobre o tema - o primeiro será realizado na segunda-feira, com o secretário de Defesa Social, Arquimedes Andrade - para explicação do texto.

Durante a sessão de ontem, os vereadores Célio Lucas de Almeida, o Célio Boi (PSB), Cida Ferreira (PMDB) e João Merenda (PPS) externaram insatisfação com a proposta. Defendem que haja proibição permanente ao pancadão, por entenderem que é uma festa que propaga uso indiscriminado de drogas, promove o sexo e a violência. "Não vou defender uma festa dessa", reclamou Célio Boi.

O posicionamento é compactuado por diversos vereadores. Somente os parlamentares do PT, partido do prefeito Mário Reali, apoiaram a medida. Líder do governo na Casa, Orlando Vitoriano (PT) disse que o item vai minimizar os efeitos dos bailes funk. O petista garantiu que a administração acolherá emendas ao projeto.

O polêmico item que remete à população o aval à realização do pancadão não foi questionado pelo Legislativo. Mas o artigo foi duramente criticado pelo Conselho Comunitário de Segurança de Diadema. "A Prefeitura quer se eximir da responsabilidade. Falamos isso na reunião e parece que vão mudar", revelou Sérgio Murillo Pinto, presidente do Conseg. Até ontem, nenhuma emenda ou proposta substitutiva havia sido protocolada na Câmara.

Reali disse que há "falta de entendimento" da regulamentação do pancadão. O prefeito assegurou que a administração vai montar esquemas de segurança e trânsito durante as festas e que não vai "remeter ao povo" se quer o evento. "Nós não queremos o pancadão", assegurou. "Queremos inibir, ter poder de polícia e ter resultados na nossa ação."

O prefeito garantiu que a Prefeitura tem estimulado projetos alternativos de cultura na cidade. Segundo o petista, há dez centros de cultura fixos e outros 23 postos móveis, mas a juventude prefere os bailes funk. "Na semana passada conversei com quase 5.000 jovens durante alistamento militar e falamos sobre a questão das drogas, enfrentamento ao crack, sobre a questão do pancadão. Percebi que muitos deles têm esse tipo de festa como alternativa de lazer."




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