O MAC USP Ibirapuera, em São Paulo, abre hoje, às 19h, a mostra Street Art – do Graffiti à Pintura. A exposição é realizada em parceria com o governo italiano, por meio do projeto Arte no Mundo. São 60 trabalhos de dez grafiteiros brasileiros e dez italianos.

A seleção das obras vindas da Itália ficou a cargo de Vittorio Sgarbi, secretário da Cultura de Milão. A curadoria no Brasil é de Fábio Magalhães, em colaboração com o grafiteiro Boleta. “É a primeira vez que há esse encontro”, explica Fábio Magalhães

As obras brasileiras foram feitas especialmente para a exposição e contaram com a participação de Boleta, César Profeta, Bugre, Highraff, Prozak, Ndrua, Smael, Tim Tchais, Yá! e Zezão, sendo que parte deles já tem um renome internacional no meio.

Idealizado por Sgarbi, o projeto italiano é fruto do sucesso da exposição Street-Art, Sweet-Art, realizada em Milão no início deste ano. Ele visa o diálogo entre artistas locais com outros grafiteiros em diferentes partes do mundo. A parceria brasiliana nasceu desse objetivo. “São ótimos trabalhos. Enquanto os italianos são mais fartos, os brasileiros tem mais identidade”, comparou Magalhães.

Para a escolha das obras nacionais, Magalhães e Boleta usaram como critérios as diversidades de linguagem e de meios expressivos. Eles procuraram o fora do convencional. Como suporte, saem os muros e entram as telas e a madeira.

Esse primeiro contato entre a arte grafiteira italiana e brasileira é apenas o primeiro passo de um projeto internacional. A idéia de confrontar trabalhos deve ser expandido para outros países, como Argentina e México.