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SP registra inflaçao de 0,03% em maio
Do Diário do Grande ABC
05/06/2000 | 16:50
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A inflaçao acumulada de janeiro a maio deste ano na cidade de Sao Paulo ficou em 0,69%, segundo a Fundaçao Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). O índice é o menor desde a implantaçao do Plano Real para os primeiros cinco meses do ano. Mesmo em 1998, ano em que se registrou deflaçao, o período teve uma inflaçao superior, de 0,99%. De julho de 1994 até agora, o Indice de Preços ao Consumidor (IPC) da instituiçao acumula uma variaçao de 80,5%, quase o mesmo valor apurado em todo o mês de março de 1990, quando a inflaçao foi de 79,1%.

Em maio, o IPC ficou em 0,03%, diante de 0,09% em abril. A Fipe esperava uma inflaçao no mês passado de 0,10%, que nao se confirmou em funçao de uma interrupçao na elevaçao dos preços principalmente de Alimentos e Vestuário. A entidade reduziu também a estimativa do IPC para junho de 0,20% para 0,10%.

Com este resultado, o IPC acumulado no primeiro semestre, que inicialmente ficaria em 1%, deve fechar em 0,79%. Para o ano, foi mantida a estimativa de um IPC abaixo de 5%. "Quase nao há possibilidade de esta previsao ser alterada para cima", afirmou Heron do Carmo, coordenador da pesquisa.

Ele acredita que os índices mais altos de inflaçao vao ocorrer no segundo semestre, a exemplo de 1999, em funçao do aumento das tarifas de energia elétrica e telefone, do transporte público e dos combustíveis, se houver. "Se nao fossem as tarifas e os combustíveis, poderíamos ter uma inflaçao bem mais baixa este ano", ponderou. Este "degrau" entre o primeiro e o segundo semestre nao deve se repetir no próximo ano porque as tarifas, que sao indexadas à inflaçao passada, terao reajustes menores.

Estiagem - De acordo com Heron do Carmo, a falta de chuvas até agora nao provocou aumento de preços dos alimentos in natura porque os prejuízos estao restritos a algumas regioes, nao afetando o abastecimento de alimentos na cidade. Na sua opiniao, o risco é haver racionamento de água em áreas agrícolas, o que afetaria os sistemas de irrigaçao. Em maio, os hortifrutigranjeiros foram os que mais contribuíram para a inflaçao baixa, registrando uma queda de 3,42%. Só o tomate caiu 24,6%.

O grupo Alimentaçao, que inclui também os industrializados, semi-elaborados e alimentaçao fora do município, foi o único com variaçao negativa, de 0,57%. Habitaçao subiu 0,02%; Transportes, 0,19%; Despesas Pessoais, 0 09%; Saúde, 0,65%; Vestuário, 1,04% e Educaçao, 028%. Dos 506 itens pesquisados pela Fipe no mês passado, 285 (56%) tiveram alteraçoes de preços variando entre -1% e +1%.




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