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Menina de 2 anos morre em piscina

Garota saiu de casa sem ser vista pela mãe e foi encontrada
em uma chácara vizinha no Riacho Grande, em São Bernardo

Angela Martins
Do Diário do Grande ABC
24/02/2012 | 07:49
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Um descuido dos responsáveis e a menina Júlia Oliveira Viana, 2 anos, acabou morrendo afogada na piscina de uma chácara na Estrada de Taquecetuba, no Riacho Grande, em São Bernardo, anteontem à noite.

De acordo com a delegada assistente Teresa Alves Mesquita Gurina, do 3º DP (Assunção) da cidade, onde o caso foi registrado, a polícia classifica a morte como fatalidade. "Infelizmente, tudo leva a crer que a criança, num momento de descuido da mãe, conseguiu acesso à chácara vizinha e caiu na piscina."

A mãe de Júlia, a dona de casa Adriana de Jesus Oliveira, 29, teria sentido falta da garota por volta das 19h, quando começaram as buscas pela casa e vizinhança. Duas horas mais tarde, o corpo foi encontrado por Aleksandro Spran, 32. Morador de Diadema, ele aproveitava férias com a família na propriedade do primo.

"Comecei a tremer", relatou ao pegar o corpo quase sem vida em mãos. Júlia brincou com sua filha mais nova a tarde inteira, quando aconteceu uma festa no local. Os 30 metros de distância entre sua casa e a chácara não foram desafio para a criança tentar reencontrar a amiga.

O portão que dá acesso à chácara estaria entreaberto. "Estávamos em casa brincando e vendo televisão quando notamos a falta dela. Minha mãe ficou desesperada, chamou por ela e pediu ajuda dos vizinhos. Foi quando avisaram que estava na piscina da casa ao lado", disse a irmã da menina, 11 anos. A estudante estava em casa, com a mãe e outro irmão, de 13, no momento da tragédia.

Os vizinhos ainda tentaram reanimar a menina, mas não tiveram sucesso. Ela chegou a ser levada para a Unidade de Pronto Atendimento do Riacho Grande, mas já estava morta. Segundo a irmã, Júlia era muito ativa, e costumava praticar travessuras. "No entanto, minha irmãzinha nunca havia saído do quintal. Mas é possível ter entrado na chácara ao lado, já que o portão estava só encostado", disse. Júlia era a caçula de quatro irmãos. O pai trabalha em Campinas, no Interior, e só retorna nos fins de semana. A família mora na humilde residência há cerca de um ano. Arrasada, a mãe chegou a mentir para a imprensa e se passar como uma irmã para não dar entrevistas.

INQUÉRITO - O caso agora será encaminhado para o 4º DP (Riacho Grande), que dará continuidade ao inquérito. Os pais e vizinhos serão ouvidos nos próximos dias, mas o caso deve ser arquivado.

Sob forte comoção popular, a menina foi enterrada no fim da tarde de ontem no Cemitério dos Jesuítas, em Embu das Artes, na Grande São Paulo.




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