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Escola da Família tem 188 bolsistas

Universitários dedicam oito horas do fim de semana a atividades que beneficiam o próximo

Natália Scarabotto
Do Diário do Grande ABC
21/08/2016 | 07:00
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Marina Brandão/DGABC


Aos fins de semana, cerca de 188 universitários da região dedicam parte do seu tempo para o programa Escola da Família, do governo estadual. No sábado ou domingo, as 72 instituições de ensino participantes entre as sete cidades ficam abertas para acolher voluntários e comunidades. Juntos, eles desenvolvem atividades que beneficiam a vida da população local. Em troca, recebem bolsa de estudos.

Os voluntários dedicam oito horas semanais para realizar atividades relacionadas à Saúde, Cultura, Esporte ou Trabalho. A estudante de biomedicina Bruna Rocha Almeida, 23 anos, é uma dessas bolsistas. Há dois anos e cinco meses, ela participa do programa em diversos tipos de atividades e percebe o valor da ação. “Nunca tinha tido contato com trabalhos sociais e vejo que é muito gratificante, porque minha ajuda, mesmo que seja pequena, tem grande importância para as pessoas.”

Em todo o Estado, são 2.217 instituições estaduais participantes. O programa foi criado em 2003 e tem como principal objetivo transformar as escolas estaduais em espaço de atividades abertas à comunidade.“Em muitos dos bairros que atuamos não há centros para lazer, porque são locais carentes, e a escola acaba sendo a referencia para eles aos finais de semana. Também ensinamos atividades, como o artesanato, que pode se transformar em uma fonte de renda para as famílias”, afirma a coordenadora do programa em Santo André, Solange Bailão.

Para incentivar os jovens, o programa Escola da Família oferece uma bolsa de estudos de 100% para os voluntários durante os anos de graduação. A mensalidade é 50% custeada pelo governo (com o teto máximo de R$ 500 por mês) e o restante fica por conta da instituição de Ensino Superior.“É como um estágio remunerado que ajuda a ter um contato e uma troca muito rica com a comunidade”, afirma Solange.

“O que me interessou de início foi a bolsa, mas acabei descobrindo mais do que isso. É uma experiência muito boa, porque você aprende a ajudar e a lidar com as pessoas”, conta Bruna. Ela afirma ainda que o programa também a ajudou profissionalmente. “Quando comecei a faculdade, precisava trabalhar para pagar a mensalidade e ficava difícil conciliar tudo. Com a bolsa, pude deixar o emprego e procurar estágio na minha área para entrar no mercado de trabalho.”

No ABC, 15 instituições de Ensino Superior têm convênio com o programa. Entre elas, estão o Centro Universitário Santo André, Universidade Nove de Julho, Faculdade Anchieta e Unip (Universidade Paulista). Para ter direito ao benefício, a faculdade precisa ser conveniada ao programa.

Quando aderem ao programa, todos os bolsistas recebem capacitação nas áreas da Saúde, Trabalho, Cultura e Esportes. Os jovens participam de oficinas para aprender a repassar conhecimentos e auxiliar a comunidade.
Qualquer estudante do Estado que esteja matriculado em instituição de Ensino Superior conveniada pode participar do programa. As inscrições são abertas periodicamente e é necessário encaminhar a documentação e passar por processo seletivo.




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