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Escorpiões infestam Santo André
Sucena Shkrada Resk
Do Diário do Grande ABC
08/01/2002 | 20:30
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  A Gerência de Zoonoses da Prefeitura de Santo André está em estado de alerta por causa da proliferação de focos de escorpiões no município. Durante o ano passado, foram encontrados 41 criadouros principalmente nos bairros Jardim Alzira Franco, Parques João Ramalho e Erasmo Assunção e Vila Curuçá. Em 2000, haviam sido registrados apenas 15 focos. A picada do escorpião exige intervenção médica, que inclui a aplicação de analgésicos ou até de soro produzido pelo Instituto Butantan, em São Paulo, em casos mais graves.

O escorpião se prolifera em entulho e lixo, mas seu combate é difícil. “Não estamos dando conta do combate porque o escorpião é muito resistente, e consegue sobreviver sem alimento até por um ano. Sua principal refeição são baratas, além de outros insetos”, disse o encarregado do Controle de Roedores, Vetores e Animais Sinantrópicos (pragas), Rodolfo Andreani Sobrinho. A colocação de pesticidas ou barreiras químicas nos focos é insuficiente para destruir o animal, de acordo com Andreani.

Segundo o encarregado, uma medida efetiva para combater o escorpião só acontecerá a longo prazo, quando conseguir promover uma ação conjunta com o Departamento Municipal de Limpeza Urbana, para realizar campanhas educativas que inibam o acúmulo de entulho em terrenos baldios e nos quintais. “Ao mesmo tempo, precisamos providenciar a limpeza desses pontos, onde o escorpião prefere se alojar.”

A reunião entre os departamentos para organizar a ação está prevista para acontecer até o fim do mês.

O escorpião pode ser do tipo titus bayienses, o mais comum, com tom marrom a preto ou amarelo, e o titus serrulatus, que é considerado mais perigoso. “A sua picada pode ser mais grave se atingir crianças menores de 7 anos, que são mais frágeis. Por isso os pais ou responsáveis devem ficar atentos.”

Os moradores de edifícios na altura do número 121 da avenida Ayrton Senna (antiga rua A), no Jardim Alzira Franco, vêm sofrendo com a invasão dos escorpiões. Segundo eles, os animais surgem nas áreas externas, que são ladeadas por mato alto e lixo a céu aberto, no outro lado da via. Na última semana, um escorpião preto foi encontrado no banheiro de um apartamento do bloco C.

“Eu moro há nove anos aqui e sempre tivemos de conviver com esses bichos, mas agora eles estão entrando nas nossas casas e ficamos preocupados com isso”, disse Tânia Aparecida da Silva Trindade, 43 anos.

A orientação de Andreani é que a população ligue para 0800-191944, das 8h às 17h, quando encontrar um escorpião – ele deve ser recolhido e encaminhado ao Instituto Butantan. O ideal é que o escorpião seja guardado em um pote de vidro com bocal largo, após deixar um pedaço de algodão ao seu lado.

“Ao ser picada, a pessoa deve se dirigir a uma unidade de saúde próxima, para que sejam iniciados os primeiros socorros. Normalmente, as reações à intoxicação são dores no local da picada, febre e fraqueza”, disse o encarregado Andreani.




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