“Não tínhamos até hoje (segunda-feira) informações de que os rachas tinham voltado ao local”, disse Monteiro. “Mas agora devemos nos reunir com os comandos do 10º Batalhão da PM e do Pelotão de Trânsito para definir operações contra os rachas”, disse.
De acordo com o diretor da EPT, moradores da região onde os rachas acontecem são a principal fonte de informações para a Prefeitura e, até esta segunda-feira, não havia sido feito qualquer alerta sobre as disputas, que voltaram há pouco mais de um mês.
Ainda segundo Monteiro, fixar policiamento no lugar ou instalar mais radares não resolveria o problema. “Esse pessoal migra de um local para outro. Se aumenta a fiscalização em um ponto, vão criar problemas em outro”, disse.
O secretário-adjunto da Secretaria de Combate à Violência de Santo André, José Sidney de Almeida, afirmou que racha é um problema de ordem da Polícia Militar. “A Guarda poderá entrar para dar apoio a uma ação da Polícia Militar, caso seja pedido reforço”, disse.
O Diário tentou contato com os comandos do 10º Batalhão, responsável por Santo André, e do CPA/M-6 (Comando de Policiamento de Área Metropolitano), mas os oficiais das duas divisões policiais não foram localizados nesta segunda-feira – feriado do Dia do Servidor Público.
Para Monteiro, a prática de rachas trata-se de delinqüência. “Essas pessoas colocam em risco suas vidas e a de outras pessoas, e estão cometendo crime”, disse. “Se você quer correr com seu carro e competir, vá para o autódromo de Interlagos, onde são organizadas provas de arrancada.”
O Código de Trânsito Brasileiro estabelece que participar de racha é infração gravíssima. Quem é surpreendido apostando corrida paga o valor da multa (180 Ufirs) multiplicada por três, além de ter o veículo apreendido e a carteira de habilitação cassada.
Na última sexta-feira, centenas de jovens se posicionavam à margem de uma das pistas da avenida dos Estados, entre a avenida André Ramalho e um radar próximo à rua Itaipava para assistir aos pegas. Por volta de 23h30, uma base comunitária móvel da 1ª Companhia do 10º Batalhão esteve no local, mas a medida só interrompeu as corridas naquele momento.
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