O estacionamento rotativo nas avenidas e ruas de São Caetano está sendo administrado por nova empresa desde 6 de janeiro, mas os novos talões ainda não estão sendo comercializados e muitos motoristas ainda não foram informados da mudança. Escolhido em concorrência pública, o Consórcio Cello Auto pretende arrecadar mensalmente R$ 100 mil com a exploração do serviço. Em contrapartida, a Prefeitura receberá 19,6% do faturamento.

Geridas nos últimos cinco anos pela Aciscs (Associação Comercial e Industrial de São Caetano do Sul), as cerca de 2.130 vagas disponíveis no município estão localizadas nas principais vias e rotas comerciais, como as ruas Rio Grande do Sul, Baraldi e Pará, no Centro, e Visconde de Inhaúma, Prates e Bom Pastor, no bairro Nova Gerty.

O consórcio Cello Auto tem 60 dias para implantar o novo sistema. Por enquanto, os usuários estão sendo orientados por funcionários da empresa, que depositam nos para-brisas folhetos explicativos. As infrações - a legislação prevê multa de R$ 53,20 e três pontos na carteira do motorista que estacionar sem a devida permissão - não estão sendo aplicadas.

Os novos cartões custarão R$ 1,50 e permitirão parar por 60 minutos. O período máximo de permanência é de duas horas. Segundo o consórcio, 133 estabelecimentos estavam autorizados a comercializar os antigos bilhetes. A empresa vai dar permissão para 50 outros estabelecimentos. Com os monitores responsáveis pela fiscalização, usuários só poderão adquirir um talão completo, com dez folhas, por R$ 15.

Comerciantes e motoristas ainda não sabem como e quando o novo serviço entrará em funcionamento. A psicóloga Sueli Aparecida Michilini se impressionou quando tentou comprar cartão para estacionar e foi informada que o serviço estava temporariamente suspenso. "Será que estão de férias, me perguntei."

Funcionária de uma lanchonete autorizada a vender os bilhetes, Edna Moreno afirma que recebeu ontem uma série de panfletos para entregar aos clientes. "Tem gente ainda um pouco perdida, que fica desconfiada quando dizemos que os antigos talões não estão sendo vendidos e que, por enquanto, podem estacionar", disse a comerciante, que vendia em média três cartões por dia.