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Pais cobram melhorias em escola de Diadema
Natália Scarabotto
Especial para o Diário
12/08/2016 | 07:00
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Andre Henriques/DGABC


Condição precária da Emei (Escola Municipal de Educação Infantil) Marieta de Freitas Martins, no bairro Vila Ida, em Diadema, revolta mães de alunos. O local apresenta diversos problemas, entre eles brinquedos, portas e cadeiras enferrujados e quebrados, além de fachada deteriorada e paredes mofadas. Outra reclamação recorrente é a ausência do uniforme, embora o ano letivo já esteja no segundo semestre.

Quando está sol, as crianças não têm onde se divertir. Isso porque, conforme os pais, quase todos os brinquedos do playground estão quebrados ou enferrujados. “É triste ver que um lugar que era tão bom ficou assim. Quando a minha filha estudou aqui, há oito anos, era ótimo. O parquinho era a coisa mais linda e, agora, está acabado”, lamenta a vendedora Gleice Kelly Felix, 33 anos. Outros problemas da área externa são o mato alto e a falta de placa de identificação com o nome da escola. “Quem passa na frente da escola deve achar até que está fechada e abandonada”, completa.

Em dias de chuva forte, as aulas são canceladas. De acordo com as mães, são tantas as infiltrações que a laje da escola fica alagada. “Quando isso acontece, eles (alunos) têm de ficar em casa. Ano passado, várias partes da escola encheram de água e todos os trabalhos da mostra cultural foram perdidos”, conta a cozinheira Alessandra Alves, 23.

No começo do ano, grupo de pais se reuniu para rebocar as paredes das salas de aula, na tentativa de solucionar problema de alergia de algumas crianças, intensificada devido ao mofo. O mesmo problema atinge os colchões usados pelas crianças durante a soneca. “Meu filho ficou doente. Tinha febre e resfriado todos os dias por causa das condições desses colchões velhos”, conta Alessandra.

A somatória de todos os problemas e o descaso da Prefeitura com o local geram preocupação.“Não volto segura para casa sabendo que meu filho está passando o dia em um local assim”, afirma a artesã Luciana Farias, 57.

Os responsáveis pelas crianças também reclamam dos uniformes, por ainda não terem sido entregues. “É um absurdo eles terem que vir com a roupa de casa. A Educação é importante e deveria ser levada a sério. As crianças são o futuro da cidade”, afirma o aposentado Anizio Gonçalves Diniz, 76, avô de uma criança de 4 anos.

A Prefeitura de Diadema informou que iniciou reforma no espaço educacional no dia 2, no entanto, não deu prazo para que as melhorias sejam concluídas. Sobre o uniforme escolar, a administração se calou.




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