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Família de jovem morta há três anos em Mauá ainda pede justiça
Yara Ferraz
Do Diário do Grande ABC
10/08/2016 | 07:00
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André Henriques/DGABC


Quase três anos depois da morte de Renata Miguel da Silva, em Mauá, a família da jovem ainda aguarda que a justiça seja feita. A adolescente, com 15 anos na época, foi encontrada morta no dia 5 de novembro de 2013 na casa de Rosane Carla dos Santos Silva, 30, e José Nílson da Costa, 35, amigos da garota. Inquérito policial concluído em 2014 apontou que a menina teve overdose de cocaína e indiciou o casal de amigos, no entanto. eles seguem em liberdade.

“A única coisa que queremos é que os responsáveis sejam punidos. Nada vai trazer a nossa filha de volta, mas podemos impedir que isso aconteça com outras famílias”, disse a mãe de Renata, a dona de casa Angelita Miguel da Silva, 38.

Conforme a família, a jovem conhecia Rosane há cerca de um mês e era frequentadora do salão de beleza onde a amiga trabalhava. Na data em que Renata desapareceu, ela teria informado à mãe que faria as unhas na casa da colega. “Eles (casal) vieram buscá-la na porta de casa. Por volta da meia-noite, falei com ela por telefone e ela disse que estava voltando. A Rosane pegou o telefone e disse que estava trazendo ela para casa. Foi a última vez que falei com ela”, conta Angelita.

A mãe, que tem outros dois filhos, com 7 e 11 anos, classificou Renata como doce e tranquila. A adolescente fazia ginástica artística. “Nós desconhecemos que ela fazia uso de qualquer tipo de droga. O comportamento dela não demonstrava isso”, afirmou o pai, Cristiano Gomes da Silva, 40.

 

INQUÉRITO

O delegado titular do 1º DP (Centro) de Mauá e responsável pelas investigações, José Carlos de Melo, afirmou que o inquérito foi finalizado em dezembro de 2014. Segundo ele, a prisão preventiva dos dois suspeitos foi pedida duas vezes pela Polícia Civil, mas não foi acatada pela Justiça. “O casal foi denunciado por homicídio e tráfico de drogas. Considero que eles são culpados. É um crime bárbaro”, diz.

De acordo com o delegado, os suspeitos fugiram para Nova Catende, em Pernambuco, onde prestaram depoimento. A versão de Rosane diz que Renata possuía cocaína e que foi até sua casa com intuito de usá-la. A mulher afirmou desconhecer a idade da jovem. “Segundo ela (Rosane), a menina começou a passar mal. O casal tirou a roupa dela para dar banho. Eles disseram ter chamado vizinhos para pedir ajuda, mas, quando viram a jovem desacordada, se desesperaram e fugiram”, afirmou Melo.

O laudo do IML (Instituto Médico-Legal) aponta que não houve violência sexual. O caso corre em segredo de Justiça na 2ª Vara Criminal de Mauá, sob responsabilidade do juiz Kleber Leles de Souza.

 




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