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Atuação muda e clássica

Jean Dujardin briga com galãs de Hollywood por melhor ator

Luís Felipe Soares
Do Diário do Grande ABC
21/02/2012 | 07:03
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Apesar do Oscar ser um prêmio carregado por todo o glamour de Hollywood, o cinema internacional também marca presença no evento. Entre os astros europeus, o francês Jean Dujardin concorre pela primeira vez como melhor ator credenciado como o grande favorito da noite de domingo.

Ele é o protagonista do elogiado 'O Artista', longa que retrata o lendário momento no qual o cinema mudo está sendo deixado para trás com a chegada do som ao mercado. Na trama, Dujardin vive o ator George Valentin, grande astro que tenta encontrar seu lugar com a revolução cinematográfica que presencia - e que o está deixando cada vez mais para trás.

Apesar de estar em um filme mudo, o francês consegue se comunicar mais do que muitas pessoas. A linguagem corporal e os olhos expressivos do candidato são peças-chave no inferno vivido por um artista que se recusa a se tornar moderno. Na última temporada, ele foi o perfeito exemplo de que a imagem pode falar mais do que 1.000 palavras.

Além do ótimo trabalho apresentado o lado dramático da mudança forçada de Valentin, o ator empresta boa dose de simpatia ao estilo canastrão do personagem fictício que pode soar um tanto quanto estranho (e sem graça) para a atual geração de espectadores.

GALÃS

O caminho de Dujardin até a estatueta está cercado de grandes galãs do cinema mundial. Um de seus principais obstáculos é George Clooney. Em mais uma atuação de respeito, ele é quem dá o tom do drama 'Os Descendentes'. Na pele de Matt King, ele precisa lidar com a morte inesperada da mulher em um acidente, a aproximação forçada com as filhas e as complicações que envolvem a negociação de um terreno da família no Havaí junto a seus primos.

Longe das características de astro do cinema, ele faz do homem comum destaque de seu próprio universo na briga por seu segundo Oscar - o primeiro lhe foi entregue em 2006, pelo trabalho de melhor ator coadjuvante em 'Syriana - A Indústria do Petróleo'. A sutileza de seus atos e trejeitos demonstram como a ilha paradisíaca do Havaí não vive somente de praias, ondas e água fresca.

Outra popular figura da sétima arte a garantir espaço entre os cinco indicados na categoria é Brad Pitt, de 'O Homem Que Mudou o Jogo'. Em sua segunda indicação como melhor ator (e a que mais lhe dá chances a sair vitorioso até agora), o galã surge como o ex-jogador de beisebol Billy Beane, que passa a trabalhar como manager de um dos times mais pobres da liga de beisebol norte-americana.

Ao apostar em sistema numérico que o ajuda a escolher os melhores atletas que necessita, Pitt briga para igualar a competição nos bastidores e traz à tona questionamentos sobre a humanidade do esporte.




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