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Concurso literário resgata vontade de planejar futuro
Bruno Martins
Luana Arrais
24/08/2011 | 07:30
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O Desafio de Redação é oportunidade para que os alunos voltem a sonhar. Pelo menos para a diretora da EE Professora Nicéia Albarello Ferrari, Rosemarie Vieira Santos. "O que a gente tem visto de uns anos para cá é que eles deixaram de planejar o futuro", lamentou.

A escola, localizada no Jardim Remanso, em Diadema, participou ontem do concurso promovido pelo Diário. O tema deste ano para os estudantes que cursam até o 2º ano do Ensino Médio é Profissões do Futuro. Já os que estão último ano terão de escrever sobre Profissões do Pré-sal, da Indústria do Petróleo e Gás.

Alguns alunos da escola já estão sonhando com suas carreiras. Ana Giulia Nascimento, 11 anos, por exemplo, quer ser designer de móveis e roupas. A estudante do 6º ano do Ensino Fundamental afirmou que possui alguns desenhos prontos, mas mostrou apenas para o padrasto e para a mãe. "Alguns eles acharam muito simples, outros, extravagantes."

Outra instituição de ensino de Diadema, a EE Senador Filinto Müller, também participa do concurso. Entre 2007 e 2008, cinco alunos levaram prêmios para casa e, neste ano, o colégio tenta manter a tradição. "A gente mostra para os alunos que eles podem (ter um bom desempenho). Tentamos fazer com que a autoestima deles seja valorizada", afirmou a coordenadora do Ensino Médio, Susana Silvestre Martinez.

No Colégio Brasília, a prova foi complemento nas atividades que incentivam os estudantes a descobrir novas profissões. E será o tema da mostra cultural promovida pela escola em outubro.

"Aqui nós só temos a base, lá fora vamos ser cobrados", disse Gabriela do Amaral, 16 anos, sobre a importância de conhecer o mercado de trabalho ainda na escola. "Ninguém tem sucesso de uma hora para outra, você tem que se preparar". Gabriela pensa em estudar letras, mas aposta que a área de engenharia e gestão ambiental se tornará cada vez mais importante. "Procuramos fazer com que conheçam profissões novas e diferentes, para que possam sair do tradicional", explicou a coordenadora pedagógica do colégio, Adriana Cavalheiro.

 

Trabalho de matemático vai além da sala de aula 

Quando se pensa em matemática como profissão, a primeira coisa que vem à mente é a sala de aula. Porém, o trabalho do matemático vai além do ensino: ele também pode atuar em instituições financeiras, bancos e empresas.

O matemático Renato de Souza Peres, 29 anos, é um exemplo de como a profissão pode levar a rumos inesperados. "Sempre gostei de matemática, mas quando prestei vestibular, optei por ciências da computação", contou. Peres resolveu mudar de curso após um ano e não se arrependeu. Hoje atua em um banco e afirmou que faltam profissionais na área, onde os salários chegam a R$ 5.000. É indicado aos interessados fazer cursos técnicos e pós em economia e administração.

Para quem quer estar próximo do ensino, a sala de aula não é a única opção. Benedito Silva, o Benê, 37, desenvolve o material didático de matemática do Kumon, método de ensino autodidata da disciplina.

Benê fez a graduação por prazer. "Estudava matemática de manhã e Direito à noite". A vida surpreendeu o matemático, que na época da faculdade fez estágio em um banco e depois seguiu para a educação. "A matemática ainda é inexplorada no mundo corporativo e tende a crescer", opinou o profissional. (Camila Galvez)




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