A babá Roxane Araújo da Silva, 26 anos, é passageira da linha 13EP, da Viação Imigrantes, que liga o Terminal Eldorado, em Diadema, ao Terminal Piraporinha, na mesma cidade.

Segundo ela, utilizar esta linha é ruim a qualquer momento do dia, pelo fato de ser servida por um microônibus. "Sempre está cheio, e o motorista precisa dirigir e cobrar ao mesmo tempo. Se não bastasse isso, pelo veículo ser menor, ele corre demais. Quando esse ônibus quebra, não tem outro para substituir. Já fiquei uma hora esperando o coletivo, e nada", afirmou Roxane.

Quem sofre com drama semelhante é a estudante de Direito Marilia Viana, 22, moradora do Jardim Valdíbia, em São Bernardo.

Ela conta que a rua em que mora é servida por uma única linha, a 25 (Circular Alto Industrial/Valdíbia), só com microônibus. "Já fiquei esperando 30 minutos no ponto, e ele não passou. Em fim de semana é pior ainda. Todo mundo sempre se esmaga, porque não sabe quando o outro (coletivo), irá passar", comentou Marilia, que não se lembra da última vez que viu o ônibus vazio.

Ainda segundo ela, a situação é tão crítica que os moradores do bairro já fizeram um abaixo assinado para mais linhas ou ônibus maior. "A Prefeitura respondeu que, por ser um bairro nobre, não há necessidade da linha do Jardim Valdíbia sofrer mudanças", completou a estudante.

Procurada, a Prefeitura de São Bernardo respondeu que faz monitoramento contínuo das linhas, utilizando "critérios técnicos consagrados para o dimensionamento de oferta das linhas".

Também questionada sobre este tema, a Prefeitura de Diadema não respondeu à reportagem.