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Brasileiro trabalha 145 dias no ano só para pagar impostos
Fernando Bortolin
Do Diário do Grande ABC
27/10/2006 | 22:27
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Em 2003, primeiro ano de gestão do Governo Lula, o contribuinte brasileiro teve que desembolsar 36,98% do seu salário para pagar a tributação que incide sobre salários (Imposto de Renda e Previdência Social), além dos impostos que recaem e formam os preços de itens de consumo, como PIS, Cofins, ICMS, IPI, ISS, e também a tributação que incide sobre seu patrimônio, dentre eles podem ser citados aqui o IPVA, IPTU, ITBI, ITR, entre outros.

Como você pode ver, o trabalhador com carteira assinada – até porque tudo isso só vale para quem está dentro da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), tem emprego registrado em carteira e atua na chamada economia formal – carrega sobre os ombros uma pesada carga. Pode-se dizer, que o contribuinte paga para que o governo gaste.

Pois bem. Em 2003, 36,98% do seu salário teve como patrão o Governo Lula. De cada R$ 100 que você ganhou R$ 36,98 foi para o bolso do governo.

Em 2004, esse percentual subiu. Ele comprometeu 37,81% do seu salário, o equivalente a R$ 37,81 num exemplo fictício de R$ 100.

Em 2005, para dar conta do aumento dos gastos com funcionalismo, previdência social, bolsa-família, mas principalmente para pagar os juros da dívida interna, o Governo Lula tomou 38,35% do seu salário. Para este ano, a previsão pessimista é que essa cota de participação ao governo atinja os 39,72%.

Todos esses dados são do IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário) que vai mais além em suas ponderações. Confira:

Na década de 70, o trabalhador com carteira assinada trabalhava 76 dias ou 2 meses e 16 dias para o governo.

No Governo Fernando Collor de Mello, a carga tributária que era aplicada no salário dos brasileiros, nos itens de consumo e nos bens que o contribuinte tinha, equivalia há 90 dias, ou 3 meses de graça para a União.

No Governo Itamar Franco essa contribuição ‘forçada’ subiu para 92 dias, ou 3 meses e dois dias. Já no primeiro ano do Governo Fernando Henrique Cardoso, isso passou para 104 dias (3 meses e 14 dias) e no último ano de sua gestão ficou em 133 dias (4 meses e 13 dias).

Lula, por sua vez, não reduziu os gastos, não cortou impostos, não deu fôlego ao bolso do consumidor e em seu primeiro ano de gestão a conta subiu para 135 dias, passou há 138 dias em 2004; para 140 dias em 2005 e chega a 145 dias em 2006 (4 meses e 25 dias. Resumo: hoje se trabalha o dobro que na década de 70 para pagar a tributação.



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