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Vendas de caminhões crescem 46%
Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
16/11/2010 | 07:13
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Ari Paleta/DGABC


 

As vendas de caminhões, de janeiro a outubro, estão 46,3% maiores do que no mesmo período de 2009. O total de 125,7 mil unidades vendidas já é 20 mil unidades acima do comercializado em 2008. Isso mostra que o setor superou os níveis pré-crise de crédito global, segundo o presidente da Anfavea (Associação Nacional das Fabricantes de Veículos Automotores), Cledorvino Belini.

Para algumas montadoras, o impulso é ainda mais forte, como é o caso da Scania, que registra expansão de 106,3% na comercialização nos primeiros dez meses frente ao período de janeiro a outubro de 2009. A empresa lidera a área de caminhões pesados, que cresceu 80,3%.

Apesar desses números expressivos, o desempenho poderia ser ainda melhor, segundo representantes do setor. Isso devido ao atraso na liberação da documentação para a linha Finame (Financiamento de Máquinas e Equipamentos) pelo BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social) - que oferece juros de 8% ao ano para as empresas e que vale agora até março de 2011 (iria durar só até o fim deste ano, mas foi prorrogada, assim como a Procaminhoneiro, para autônomos, que tem taxa de 4,5%).

O volume é muito grande e os bancos não estavam preparados para isso. Demora para sair o Finame. Às vezes, leva até 60 dias", afirma o gerente comercial da Apta Caminhões, Antonio Pascual Parames. A revenda comercializa a marca Volkswagen, que lidera nas vendas totais de caminhões, com 28,7% de participação de mercado nacional no acumulado do ano.

Outro benefício, a isenção do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para caminhões dura só até o fim do ano. No entanto, há a expectativa no setor de que haja nova prorrogação do incentivo. Caso contrário, o tributo, que nesse caso tem alíquota é de 5%, voltará a partir de 1º de janeiro.

PNEUS

O problema de desabastecimento de pneus para caminhões foi equacionado, segundo executivos do segmento. A questão era um transtorno para as revendas, que recebiam veículos com itens a menos e tinham de recorrer ao mercado varejista para entregar o produto completo para os clientes. "Ainda temos em estoque alguns veículos incompletos, mas o que sai de fábrica está regularizado", diz Parames.




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