Desde o início, o São Caetano, visivelmente apático, não soube ligar a antena para encarar o rival de frente. Era como se a equipe do Grande ABC, fria e indiferente, ainda carregasse uma espécie de trauma. É possível que os três tropeços consecutivos em decisões importantes – Copa João Havelange, Brasileiro e Libertadores – criassem uma pesada responsabilidade nos pés dos jogadores.
Já o Paraná ignorou os dois meses de salários atrasados para buscar o resultado favorável e camuflar, quem sabe, os limites da atual crise financeira do clube. Ao contrário do Azulão, que mantinha o centroavante Somália isolado na área e só explorava os contragolpes, os paranaenses ditavam o ritmo.
De tanto que persistiu, o Paraná abriu a contagem aos 46 minutos de jogo. O meia Alexandre tocou a bola de calcanhar para Maurílio, que encobriu o goleiro Luciano: 1 a 0. Em desvantagem no placar, restou uma única alternativa ao São Caetano: sair para o confronto na etapa complementar. Logo aos dois minutos, o zagueiro Dininho, livre na área, perdeu uma boa chance de marcar ao cabecear a bola no trave.
A tarde era mesmo do Paraná, que ampliou aos 10 minutos. Alexandre tomou a bola do volante Claudecir e lançou para Maurílio, que apenas teve o trabalho de conferir – 2 a 0.
O técnico Mário Sérgio decidiu então colocar o São Caetano definitivamente no ataque. Tirou Claudecir para colocar o meia Marco Aurélio. Aos 19, Serginho, de cabeça, aliviou o tamanho do placar – 2 a 1. Nos 15 minutos finais, o Azulão pressionou muito – desordenadamente, é verdade – mas não escapou do pior.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.