Setecidades Titulo Manifestação
Movimentos sociais protestam por moradia
Nelson Donato
Especial para o Diário
04/08/2016 | 07:00
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Anderson Silva/DGABC


Cerca de 250 manifestantes de sete movimentos sociais realizaram protesto, na manhã de ontem, em Santo André, em cobrança por moradias para 6.000 famílias de Santo André, São Bernardo e Diadema. A principal reivindicação do grupo é a considerada demora na liberação de verba para o programa federal Minha Casa, Minha Vida.

Durante a manifestação, o grupo fechou três pistas da Avenida Portugal, entre a Rua General Glicério e a Avenida Dom Pedro II, além de ocupar parte da sede da Caixa Econômica Federal, na Avenida Industrial, bairro Jardim, onde foi realizada reunião sobre o tema.

Entre as sete cidades, o deficit habitacional chega a 230 mil moradias. O número elevado de famílias que não possuem onde morar na região foi motivo de debate durante o ato. “É inadmissível um local tão rico não auxiliar as pessoas com menos renda. Queremos que os pagamentos para a retomada das obras (para construção de unidades) sejam feitos imediatamente”, ressalta Manoel Boni, um dos organizadores do protesto.

Morador de Diadema, o vendedor Francisco Geniton Pereira Brito, 43 anos, lamenta o número de trâmites burocráticos pelos quais passa em busca da casa própria. “Estou cadastrado no Minha Casa, Minha Vida há três anos, mas até agora nada. Infelizmente, estou desempregado e morando de favor na casa dos meus pais. Meu maior sonho é poder dar um teto digno para minhas duas filhas.”

Outra moradora da região que participou da manifestação foi a aposentada Maria Aparecida Mattos Oliveira, 61. Ela luta ao lado da filha há anos para se livrar do aluguel. “O preço da locação está muito alto. A cada mês é uma verdadeira batalha para conseguirmos pagar os proprietários. Já estamos há mais de dois anos esperando pelo programa (Minha Casa, Minha Vida), mas até agora não tivemos nenhum tipo de reposta. Espero que não demore para a gente conseguir nossa casinha.”

Por meio de nota, a Caixa Econômica Federal informou que a instituição, junto ao Ministério das Cidades, recebeu os representantes dos movimentos sociais e deve agendar outra reunião em data oportuna.

Já o Ministério da Cidades declarou que está revendo as disponibilidades orçamentárias e financeiras para assegurar recursos necessários ao andamento das obras contratadas do programa Minha Casa, Minha Vida. “Nesse sentido, a previsão do valor a ser investido dependerá das definições das metas de contratação para o Estado de São Paulo.”




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