Com a confirmação de mais uma morte em São Bernardo, o Grande ABC contabiliza 42 vítimas fatais acometidas pelo vírus H1N1 neste ano.

De acordo com balanço divulgado ontem pelo Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, até o momento a região possui registros de 15 óbitos em Santo André, 12 em São Bernardo, cinco em Diadema, cinco em Mauá, três em Ribeirão Pires, um em Rio Grande da Serra e um em São Caetano.

Para o professor de Infectologia da Faculdade de Medicina do ABC, Munir Akar Ayub, a quantidade de óbitos por H1N1 deve se manter estabilizada nas próximas semanas. “Muitas pessoas já estão com os anticorpos formados em decorrência da campanha de vacinação, que, em média, demora duas semanas para dar proteção. Por esse motivo, a tendência é que esses números não se alterem muito daqui para a frente.”

Entretanto, o especialista alerta para os perigos da mudança climática. “Nas últimas semanas o tempo tem ficado muito seco, o que, na prática, colabora para a transmissão do vírus. Por isso, é importante redobrar os cuidados”, destaca.

O total de casos confirmados de gripe A H1N1 chegou a 234 ocorrências, segundo dados dos municípios repassados ao Grupo de Vigilância Epidemiológica, da Secretaria da Saúde do Estado. O índice é 14,1% superior se comparado com o levantamento apresentado no dia 5. Na época, os sete municípios registravam 205 confirmações.

Já os casos suspeitos envolvendo a SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) subiram de 880 para 897 notificações. Os números incluem pacientes com quadro caracterizado por febre, tosse ou dor de garganta e dificuldade para respirar. Esses sinais indicam a possibilidade de agravamento dos sintomas.