Coincidentemente, também naquele junho de 2004, o Rio de Janeiro estava contagiado pelo ambiente dos Jogos Olímpicos como agora. No dia 13 daquele ano, Pelé iniciara na Cidade Maravilhosa o revezamento da tocha que acenderia a pira em Atenas. Posteriormente, os anéis símbolos da Olimpíada e uma Bandeira Brasileira foram desenhados no gramado do Estádio do Maracanã, que foi palco para o show de Sandro Gaúcho, Élvis e companhia há exatos 12 anos na conquista da Copa do Brasil pelo Santo André.

E para coroar aquele que é considerado o maior triunfo da história ramalhina, hoje, pela primeira vez, será comemorado o dia do torcedor e da torcedora andreense, projeto aprovado pelos vereadores da cidade em abril. “É muito bacana, gratificante para nós. Parece que foi ontem, apesar de 12 anos passados”, exalta Sandro Gaúcho, maior artilheiro vivo do Santo André, com 58 gols. “Aquele foi um momento único, o título de maior expressão da minha carreira, fui premiado praticamente no fim dela. Sou muito feliz em participar de um grande capítulo da história junto daquele grupo”, emendou o ex-atacante que, aos sete minutos do segundo tempo, fez de cabeça o primeiro gol daquela final. Aos 22, Élvis calou de uma vez por todas as 72 mil vozes flamenguistas no Maracanã.

Era a confirmação de que o desacreditado Ramalhão entrava no rol dos campeões nacionais. “Apesar das dificuldades, o grupo se fechou, todos em prol de um objetivo. O que prevaleceu foi a união, o comprometimento e a determinação”, relembrou Sandro Gaúcho.

E para dar ainda mais motivos para a torcida celebrar e, além disso, tornar este momento uma oportunidade de ajudar ao próximo, o ex-atacante em parceria com outro atleta que fez história no clube, Arnaldinho, promoverão no sábado, a partir das 9h, no Campo do Nacional (Parque Novo Oratório), o jogo entre o time campeão da Copa do Brasil e o Ramalhão de todos os tempos. A entrada será trocada por um agasalho. O que for arrecadado será doado.