Nada de 11 de Setembro, terror, etc. E é nesse clima (idílico?) que os alienígenas voltam - com força total. Sua nova nave-mãe é do tamanho do Atlântico e possui uma escavadeira que promete chegar ao núcleo da Terra, rachando o planeta e captando nossa energia. A batalha parece antecipadamente perdida, mas assim também parecia em Independence Day, de 1996. O presidente (Pullman) pode ter virado um velho lunático, mas ainda é um herói, e uma nova geração de pilotos, incluindo o filho de Will Smith, está a postos para salvar de novo a humanidade. Ou você acha que ETs, por mais malignos que sejam, têm alguma chance contra Roland Emmerich? Nunca.
Emmerich é um caso, com certeza. Do ponto de vista ideológico, é alienado. Sua obra é toda ela uma tentativa de mostrar que um diretor alemão de 60 anos pode ser mais ?norte-americano? que qualquer cineasta nascido na ?América?.
A utopia de Emmerich é aquela que ele traçou no fim de Independence Day - o 4 de julho, data da independência dos EUA, como marco da redenção da humanidade, reunida sob a bandeira norte-americana. Todo cinema de Emmerich é sempre construído em torno desse símbolo. A bandeira já foi rasgada, queimada em seus filmes. Em O Ressurgimento, fica a meio pau, quando a nave quase destrói a Casa Branca - que, como outro símbolo de poder - também tem sido vista com frequência em seus filmes. Nada disso é novidade. A novidade? Gay de carteirinha, Emmerich desta vez fez um épico LGBT, enchendo o filme de pares homoafetivos. Não é pouca coisa, numa época em que a homofobia anda solta, e matando.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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