O posicionamento dos vereadores de Santo André começa a influenciar diretamente na eleição a prefeito. Atualmente, o prefeito Carlos Grana (PT) não tem maioria para aprovar projeto de lei que autoriza o Executivo a vender áreas públicas. O governo solicitou adiamento da proposta por cinco sessões. Até a sugestão da oposição, de retirar da propositura um espaço de grande proporção, na Avenida Industrial, que estava sendo cogitado, não está mais nos planos da administração. Segundo estimativa inicial do Paço, o texto já era para ter sido avalizado. A expectativa seria arrecadar R$ 28 milhões com o leilão de nove terrenos. O dinheiro serviria para pagar precatórios, que estão complicando a saúde financeira da gestão. Esses recursos dariam fôlego econômico para viabilizar outros projetos, o que garantiria a Grana um discurso mais encorpado para buscar o segundo mandato. Ocorre que, ao mesmo tempo, o petista tem de governar a cidade, fazer as amarrações políticas, trabalhar a governabilidade no Legislativo e organizar a campanha eleitoral que começará oficialmente em setembro e vai durar apenas 45 dias. Enquanto isso, seus adversários percorrem a cidade em reuniões, fazendo críticas ao prefeito, conversam com dirigentes de partidos, vereadores e pré-candidatos. Vai ser uma eleição difícil, que na prática já começou, e os aliados estão cientes disso.

Na bronca
O vereador Bahia (DEM) e o presidente da Câmara de Santo André, Ronaldo de Castro (PRB). O democrata não viu, na semana passada, seu nome contemplado no painel eletrônico adquirido recentemente e ontem disparou críticas às compras realizadas pelo comando da Casa, apontando alto custo dos computadores e das cadeiras. Castro disse que Bahia era ignorante e que, além de ter adquirido os itens, vai envidraçar o plenário, comprar frigobar e pode fazer isso porque tem Ensino Superior e é administrador.

Rito
Presidente do PSDB de São Bernardo, Fernando Leça disse que o pedido de expulsão do partido do ex-prefeito William Dib – bancada tucana na Câmara alega infidelidade partidária por suposto apoio a candidaturas adversárias – já está nas mãos do Conselho de Ética, que não tem data para dar parecer sobre o caso. Dib será notificado a apresentar defesa por escrito. Depois disso, o relatório, com indicação ou não da expulsão, vai para análise da executiva municipal. Mas não há prazo para o desfecho do caso.

Recurso improcedente
O plenário do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) julgou ontem à noite improcedente o recurso – chamado de embargos de declaração – da ex-deputada Vanessa Damo (PMDB), que foi cassada em abril, acusada de ser responsável por panfletos apócrifos que ligavam o então candidato a prefeito de Mauá Donisete Braa (PT) à morte de Celso Daniel. Com a decisão, a peemedebista segue sem mandato.

Reforço
Pré-candidato ao Paço de São Caetano, o vereador Fabio Palacio (PR) comemorou ontem reforço de Eduardo Casonato (PRB) em sua pré-campanha. O apoio é pessoal do ex-chefe de gabinete do prefeito Paulo Pinheiro (PMDB), não partidário. Casonato esteve na administração peemedebista até semana passada. Representava o Palácio da Cerâmica em reuniões do Consórcio Intermunicipal. “Nosso time está crescendo”, diz Palacio.