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Demissões continuam na GM; 94 já foram desligados
Soraia Abreu Pedrozo
Do Diário do Grande ABC
10/05/2016 | 07:31
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As demissões na fábrica de São Caetano da GM (General Motors) continuam. O sindicato dos metalúrgicos local confirmou que houve mais cortes, mas não soube precisar quantos contratos tinham sido rescindidos entre sexta-feira e ontem. De acordo com informações de trabalhadores, porém, até o momento 94 profissionais já receberam telegrama informando sobre a não renovação do lay-off (suspensão temporária de contrato de trabalho), que se encerrou no sábado, dia 7, e o desligamento da empresa. As correspondências dizem que “apesar das várias medidas adotadas pela empresa para superar a crise na indústria automobilística, inclusive com a adoção do lay-off, o mercado não reagiu”.

Desses 94, 80 atuavam com PPO (engenharia experimental que funcionava fora da fábrica), 12 com ARA (segmento administrativo) e dois com manufatura. Ao todo, correm risco de serem cortadas 160 pessoas, conforme a oposição ao sindicato. A entidade, porém, crava que o número é de 134 trabalhadores. “Quem atuava no PPO (cerca de 120) está sendo dispensado porque não há perspectiva de trabalho dentro de quatro a cinco anos. A área, portanto, será extinta. Já os 14 de finanças estão sendo cortados porque o setor foi terceirizado”, explica o presidente do sindicato, Aparecido Inácio da Silva, o Cidão.

De acordo com ele, está sendo negociado com a GM a possibilidade de rever alguns casos. “Estamos tentando salvar pelo menos 50% desses empregos. Esses profissionais seriam realocados”, afirma Cidão, que justifica que os empregados que tiverem algum tipo de problema particular serão priorizados. O sindicalista, entretanto, não deu prazo para que isso ocorra. Procurada, a GM informou que não se manifestará.

No fim de abril, sindicato e empresa acordaram a prorrogação por até nove meses da suspensão de 1.000 trabalhadores. O volume total de pessoas que estavam afastadas, porém, era de 1.200. “Antes de vencer o lay-off voltaram a trabalhar 62 pessoas, sendo 52 próximas à entidade e dez diretores, que estavam afastados desde 2014. O restante está agora sendo demitido”, diz funcionário que pede sigilo.

(Colaborou Fábio Munhoz) 




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