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Sto.André: empresário acredita ter sido pego por engano
Do Diário OnLine
03/05/2002 | 19:48
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O empresário José Luis de Faria Netto, mantido refém por bandidos na manhã desta sexta-feira e ameaçado de morte com uma falsa bomba, acredita que foi pego por engano pelos seqüestradores. A desconfiança do empresário se deve às exigências e ameaças dos bandidos.

Netto descreveu que os bandidos que o abordaram exigiram que ele sacasse R$ 50 mil de uma agência do banco Banespa. Ele não tem conta no Banespa. Os bandidos afirmaram ainda que mantinham o irmão dele como refém e ameaçavam matá-lo se o empresário não providenciasse os R$ 50 mil. Netto é filho único. Ao ter a suposta bomba (que na verdade era um rádio toca-fitas velho embrulhado em um jornal) amarrada às costas, Netto questionou aos bandidos como entraria na agência, que tem detetor de metais na porta, com aquilo atado ao corpo. "Sendo quem você é, eles deixariam você entrar até sem camisa e com armamento pesado", argumentaram os bandidos, apostando que Netto seria alguém famoso ou poderoso (ou os dois).

O empresário contou ainda que contrariou a ordem dos seqüestradores e entrou na Catedral Nossa Senhora do Carmo, em vez de ir ao banco, para poupar pessoas inocentes, no caso de a suposta bomba explodir. "Se tivesse chegado a minha hora, eu iria sozinho. Por isso procurei a igreja, porque teria menos gente. Eu temia que aquilo explodisse na rua e atingisse outras pessoas", explicou.

Ainda no carro do resgate do Corpo de Bombeiros, Netto afirmou que se sentiu como se estivesse "saltando de uma ponte com o pé amarrado em um fio".




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