Economia Titulo Dia das mães
Comércio deve movimentar R$ 130 mi

Fábio Munhoz
Do Diário do Grande ABC
29/04/2016 | 07:06
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Divulgação


O comércio varejista do Grande ABC deverá movimentar cerca de R$ 130 milhões com as compras de presentes para o Dia das Mães, segundo pesquisa do Observatório Econômico da Universidade Metodista divulgada ontem. No ano passado, o valor chegou a R$ 141 milhões. Considerando a inflação acumulada em 12 meses até abril, que, segundo o Relatório Focus, do Banco Central, deve chegar a 9,21%, a queda real é de 15,57%. A data é a segunda mais importante para o setor, atrás somente do Natal.

O levantamento mostra que o preço unitário médio dos presentes que os moradores da região pretendem comprar caiu de R$ 187, em 2015, para R$ 157 – redução real de 23,12%. Já o gasto total por pessoa, que no ano passado foi de R$ 264, deverá recuar para R$ 211, o que significa diminuição real de 26,8%.

Pesquisador do Observatório, o economista Moisés Pais dos Santos explica que a redução no volume de gastos está diretamente ligada aos efeitos da crise econômica no País, especialmente no que diz respeito ao desemprego e à queda na renda média da população. Segundo a PED (Pesquisa de Emprego e Desemprego), feita pela Fundação Seade (Sistema Estadual de Análise de Dados) e pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), o Grande ABC possuía, no fim de março, 230 mil pessoas desocupadas. No período de 12 meses até fevereiro, o rendimento médio real do trabalhador na região retraiu 13%.

“Além disso, a falta de confiança do consumidor tem impacto significativo, já que quem não está desempregado está com medo de ser demitido e, por esse motivo, deixa de comprar ou gasta menos”, comenta Santos.

A faixa de renda influencia no tipo de estabelecimento escolhido para adquirir os presentes. Por exemplo, entre os consumidores que ganham menos de um salário mínimo, o comércio de rua será o escolhido por 79% das pessoas, sendo que 63% optarão pelas lojas de regiões centrais e outros 16% pelos estabelecimentos de bairro. Já os que recebem mais de 20 salários mínimos preferem os shoppings (67%) e o e-commerce (33%).

A pesquisa revela ainda que os compradores estão menos dispostos a utilizar o cartão de crédito como forma de pagamento. No ano passado, os gastos totais por pessoa pagos com esse mecanismo foram de R$ 297, devendo chegar agora a R$ 261. Entretanto, os cartões de débito e crédito são preferidos pelas pessoas com alta renda. Entre os que ganham mais de 20 salários mínimos por mês, metade planeja pagar no débito e a outra metade, no crédito. Já entre os que recebem menos de um salário mínimo, 71% pretendem utilizar dinheiro em espécie, enquanto 24% irão lançar mão do cartão de crédito e somente 5% do cartão de débito.

Os principais itens escolhidos para presentear são os de vestuário (34,5%) e perfumaria (21,9%), enquanto as flores são citadas por 10% dos entrevistados. 




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