Assalto a banco promovido por quatro homens e com 22 reféns poderia ser caso cotidiano de polícia. Para evitar que se transforme em tragédia, o Simulado Anual de Múltiplas Vítimas, realizado ontem pela Prefeitura de Santo André, contou com a participação de 160 pessoas.

O intuito é que órgãos como Defesa Civil, Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), polícias Militar e Civil, GCM (Guarda Civil Municipal), Corpo de Bombeiros, entre outros, estejam preparados para enfrentar essas ocorrências. Também participaram unidades de Saúde pública e privada do município, auxiliando com ambulâncias.

Segundo o coordenador do Comitê Gestor da Urgência e Emergência do município, Evandro José Gonçalves, a encenação é primordial para a integração dos órgãos nas ocorrências. “Se não houver treinamento efetivo, não dá para os agentes se comunicarem de forma ideal. Nessa situação já estabelecemos qual o plano a ser feito”, disse.

Conforme o secretário de Saúde, Homero Nepomuceno Duarte, a ação não é tradicional no País e, por isso, vemos tantas tragédias com um desfecho ruim. “A gente torce para que não aconteça nada para usar esse aprendizado, porém, ele é necessário. Temos como exemplo o caso da Boate Kiss, onde simulações como essa poderiam ajudar as instituições a agir com mais rapidez”, afirmou.

Adaptada no cenário da Craisa (Companhia de Abastecimento Integrado de Santo André), a ação contou com quatro bandidos que feriram os reféns. Três deles fugiram, deixando um companheiro. A Polícia Militar conduziu as negociações, que terminaram com a rendição e a liberação dos reféns fictícios.