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Creche ensina com simulado

Unidade no Pq.Marajoara cria exercício para ajudar os pequenos a identificar possíveis focos do mosquito da dengue e quais medidas tomar

Nelson Donato
especial para o Diário
28/04/2016 | 07:00
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Marina Brandão/DGABC


O ditado diz que a prática leva à perfeição. Apostando nesse conceito, a creche Herbert de Souza, situada na Rua Gunnar Vingren, no Parque Marajoara, em Santo André, criou para os pequenos exercício de simulação no qual eles identificam possíveis focos do mosquito da dengue e indicam a medida correta a ser tomada. A atividade integra o projeto Santo André & Os Agentes Contra o Aedes, criado pelas secretarias de Educação e Saúde, em parceria com o Diário.

Para possibilitar a prática do ensinamento lúdico, a equipe da escola criou placas que possuem as maneiras correta e errada de como lidar com os recipientes que podem se tornar criadouros do Aedes aegypti, transmissor da dengue, febre chikungunya e zika vírus.

Concentradas, as crianças de até 3 anos ouvem atentas as explicações das professoras. Quando questionadas sobre o que fazer com os objetos, elas não hesitam em dizer o procedimento correto a ser adotado. No caso dos pratos de plantas, os pequenos descartam a água ali acumulada e o preenchem com areia.

Além de simulação, os alunos se divertem com jogos e brincadeiras que visam a conscientização. A diretora da unidade, Rosane Prado Tavares Arioza, destaca a importância da metodologia. “Quando as crianças brincam, creio que elas absorvem melhor o conhecimento. É necessário que aprendam desde cedo como combater o mosquito. Outro fato muito importante é a atuação dos pequenos como agentes multiplicadores. Tudo o que é assimilado nas creches e escolas é levado para casa, assim, os pais também adquirem a consciência sobre esse tema essencial para nossa saúde.”

O pequeno João Vitor Vieira Rodrigues, 3 anos, mostra que, apesar da pouca idade, já domina o assunto. “Não pode deixar água parada, se não a mamãe mosquito vem e deixa os ovos, que depois viram larvinhas que crescem e picam a gente.”

Durante a simulação, o menino é um dos mais falantes e responde a todas as perguntas das professoras. Quando questionado sobre qual era o objetivo da atividade, ele rapidamente responde: “Matar o mosquito.” Lição aprendida.

 

Escola distribui kit para conscientizar pais

 

Enxergar nas crianças agentes multiplicadores é uma das melhores soluções para combater o mosquito da dengue. Além de preparar futuros adultos cientes dos riscos da doença, a atual geração aprende sobre as medidas preventivas por meio de seus filhos e netos.

Para aproximar os pais dos ensinamentos assimilados no ambiente escolar, a Creche Herbert de Souza criou kit com informações sobre o Aedes aegypti, jogos e até CD com músicas e histórias. As crianças, levam o material para casa e, junto com os responsáveis, aprendem brincando. Após as atividades, são feitos registros fotográficos e relatos sobre a experiência.

Mãe do pequeno Ryan, 3 anos, a dona de casa Monique Cristina Simão, 29, aprova o conteúdo disponibilizado no conjunto. Ela conta que desde que seu filho trouxe o kit para sua residência, aprendeu muito mais sobre a dengue. “É um material muito legal. E é algo que fica na cabeça das crianças. Já vi o Ryan cantar a musiquinha diversas vezes. Ele também brincou com os primos dele. É muito legal ver as crianças criando consciência e até corrigindo os adultos.”

Outra medida adotada pela unidade foram palestras voltadas para pais e professores, ministradas por educadores da Saúde que atuam na Vigilância Sanitária de Santo André. Para os professores, foram disponibilizadas informações sobre as doenças transmitidas pelo Aedes aegypti.

Durante o encontro com os responsáveis pelas crianças, que contou com a presença de mais de 100 pessoas, a palestrante, além de disponibilizar conhecimentos sobre o vetor das patologias, mostrou formas eficientes de abordar o assunto com os pequenos.  




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