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Transporte público deve ser adaptado para deficientes
Isis Mastromano Correia
Do Diário do Grande ABC
25/08/2008 | 07:19
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Empresas de transporte têm travado uma verdadeira corrida contra o tempo para conseguir adaptar veículos e terminais para deficientes físicos e pessoas com mobilidade reduzida. Isso porque até o final de 2014 todos os meios de transporte deverão ser acessíveis a essa parcela da sociedade, conforme determinação federal.

Contudo, tal empreitada tem se mostrado bastante desigual entre os diferentes modais, sendo os ônibus os ocupantes das últimas fileiras nesse quesito. No comparativo com as empresas estatais CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e Metrô, a EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos) é a que caminha a passos mais lentos.

Dentro das metas do Pacto (Plano de Adequação da Cidade para Todos), encabeçado pelo governo estadual, os ônibus intermunicipais têm os prazos mais flexíveis para conseguir cumprir a lei: as viações têm de adaptar apenas 10% da frota por ano.

"O desafio é maior nesse caso, pois as mudanças dependem das empresas que têm a concessão do transporte e não do Estado", aponta o presidente da CMA (Comissão Metropolitana de Acessibilidade), Bruno Assis.

Enquanto isso, o Metrô, a companhia mais jovem das vinculadas à Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos, travou como objetivo no Pacto ter estações e trens totalmente acessíveis com quatro anos de antecedência à exigência federal, já em 2010.

Tendo em vista o centenário sistema ferroviário que a CPTM opera, a empresa firmou uma ousada meta para universalizar seus trens e estações. A companhia promete levar comunicação audio-visual, rampas, pisos táteis, escadas rolantes e elevadores para as estações até 2012.

Mudanças essas que vêm tarde para gente como a bancária Suelen de Almeida Costa, 25 anos. Ela é cadeirante e pega o trem todos os dias na estação Mauá.

Suelen depende, em média, de quatro seguranças para vencer um sem número de escadas da estação, cujo espaço é totalmente inadequado.

"Ainda tem o vagão preferencial. A idéia é boa, mas não funciona porque já vem cheio desde a primeira estação, Rio Grande da Serra", reclama.

Das 89 estações da CPTM, apenas 11 são totalmente acessíveis atualmente.




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