Ambientado na Hollywood de 1950, Ave, César!, longa dos irmãos Coen (Onde os Fracos Não Têm Vez, Fargo e Bravura Indômita), em cartaz no cinema, é opção de lazer para o o domingo. Classificado como comédia, quem espera rir com as cenas cômicas da trama, no entanto, pode se decepcionar. Na verdade, o filme é uma sátira com piadas forçadas de propósito. Com as histórias de diversos personagens sendo contadas ao mesmo tempo, é difícil criar uma conexão e empatia com qualquer um deles. Além disso, os poucos mais de 100 minutos de filme com cenas curtas e confusas podem ser cansativos. Por outro lado, a trama recria com riquezas de detalhes o ambiente da época e mostra como funcionava os bastidores da indústria cinematográfica no pós-guerra. Há inúmeras referências reais na história.

A trama conta apenas um dia – ligeiramente conturbado, diga-se de passagem – de um gerente de estúdio que tem como função principal esconder os escândalos que envolvem seus atores. Nesse dia fatídico, ele descobre que uma de suas atrizes engravidou de um homem casado e o astro principal do maior filme – Ave, César! – que a empresa fictícia está produzindo, foi sequestrado por um grupo de ex-cineastas comunistas. Como se não bastasse, ele ainda precisa arrumar tempo para dar atenção à mulher e filhos e lidar com a imprensa, que vive em busca de um furo de reportagem para atrair leitores.

No elenco, considerado de peso, estão atores como George Clooney, Scarlett Johansson, Josh Brolin, Channing Tatum, entre outros. O custo total da produção girou em torno dos US$ 22 milhões. Para quem é cinéfilo, e só para eles, pode ser uma boa pedida para hoje.