“Vai ser 2 a 0. Dois gols do Matheus, que vai sair como herói e ser meu sucessor.” Assim, na lata, falou Adhemar, ídolo e maior artilheiro do São Caetano, com 68 tentos, que aposta no camisa 11 do Azulão para decidir o clássico contra o Santo André pela volta das quartas de final da Série A-2 do Paulista, amanhã, às 16h, no Anacleto Campanella. “O Matheus balança bastante. Pode ter atenção (do Santo André) no Jô e sobrar para ele”, justificou Adhemar.

E o ídolo azulino sabe do que está falando. Afinal, era da mesma posição e jogava como segundo atacante, aproveitando os espaços deixados pela marcação. Além da velocidade, tinha como característica um potente chute na perna direita, que fez boa parte dos gols pelo clube. A história lhe confere moral para aconselhar até aqueles que jogam mais fixos na área, caso de Jô, atual xodó da torcida. “Sei que ele faz muitos gols, é um cara de área. Não pode se desesperar na hora da finalização. Ele tem de saber que uma hora a bola vai chegar. Não adianta ficar no desespero para resolver sozinho”, comentou Adhemar.

Mas, para chegar a esse resultado no clássico, o ex-jogador advertiu o elenco: é necessário ter paciência. “Precisa ter calma e saber que tem 90 minutos para conseguir o resultado. É um jogo truncado, de rivalidade local. Tem de ter cabeça boa para os jogadores não se perderem em campo e não ter ninguém expulso. O São Caetano tem condições de reverter o resultado”, garantiu o ídolo azulino.

Apesar de ver o estilo de jogo do técnico Luís Carlos Martins com bons olhos, Adhemar se permitiu um conselho. “Teria que adiantar um pouco mais o time porque é obrigação (vencer)”, sugeriu.