A ação da PM começou depois que policiais foram notificados pelo Comando de Operações Militares da Polícia Militar (Copom) sobre uma denúncia anônima de que um automóvel roubado, um Polo Classic de cor cinza, estaria abandonado na entrada da favela do Jardim Farina. Cinco viaturas se dirigiram até a rua Américo Vieira de Souza, local denunciado, e avistaram o automóvel. No momento em que examinavam o veículo, no entanto, os PMs foram alvo de disparos. Os policiais revidaram e os atiradores fugiram. Ninguém foi preso.

Na madrugada do último domingo, PMs do mesmo Batalhão também foram alvo de disparos ao entrar na favela. O tiroteio acabou com a morte do tenente Douglas Alfredo Silva, 35 anos. O sargento Eduardo Parra, 33, também foi ferido durante a ação, mas sobreviveu. Outras cinco pessoas morreram.

O major Ronaldo Ribeiro dos Santos, do 6º Batalhão, disse não acreditar que a troca de tiros desta madrugada tenha alguma relação com a ação do último domingo. Ele afirmou que o tipo de ocorrência verificada no Jardim Farina nesta madrugada acontece com freqüência e, por essa razão, não traz maiores preocupações para a Polícia Militar.

“Acredito que tenha sido uma ocorrência normal. É que tudo o que acontecer agora no Jardim Farina vai chamar a atenção”, disse o major.

Ele informou que os policiais militares da região continuam trabalhando normalmente, e acrescentou que ainda não foi feita nenhuma operação especial para prender os bandidos que mataram o tenente no último domingo. “Futuramente pode haver alguma operação especial, mas por enquanto não há nada planejado”, afirmou.