O índice vem caindo desde 1990, ano em que no Estado a taxa chegou a 31,4. A razão, segundo as secretarias de saúde municipais, incluem o aumento dos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) neonatal, devido ao início do funcionamento dos hospitais estaduais na região. “Favorecem (os leitos) a sobrevida dos bebês”, afirmou a coordenadora da Vigilância à Saúde de Mauá, Rosana Madeira Grasso.
Em São Caetano, com a inauguração da primeira maternidade pública da cidade, ainda neste mês, o secretário de Saúde, José Auricchio Júnior, espera que a mortalidade fique em dígito no próximo balanço. “Só assim estaremos interferindo nas condições de maternidade das gestantes da cidade.”
O aumento da média de consultas pré-natais – entre sete e oito consultas –, reflexo de uma série de reformulações nas redes de atendimento público, bem como programas específicos, como o Mãe-Canguru e o Banco de Leite (para aleitamento materno), em São Bernardo; o Estima – que leva as gestantes para conhecer os hospital e a equipe médica –, de Mauá; e o Bem Nascer, de Santo André, também foram citados pelas secretarias de saúde como medidas que levaram à redução das mortes na região.
Risco – A forte atuação de agentes de saúde, o acompanhamento de gestações de risco e a humanização do atendimento ao parto – alojamentos conjuntos, por exemplo – garantiram à região melhoria na assistência pré e pós-natal. Em Ribeirão Pires, o aprimoramento do acompanhamento das gestantes levou até a uma redução do índice de nascidos prematuros. Na cidade, há quatro anos, não há registros de mortalidade materna.
Agora, o foco de atuação do município é o combate aos óbitos precoces. Das sete cidades da região, Ribeirão apresenta o maior índice de mortes de crianças nos primeiros 28 dias de vida. Segundo o secretário de Saúde, Ronaldo Querodia, uma comissão de investigação de óbitos foi criada para analisar os motivos e reorganizar a rede de atendimento. “Uma das nossas primeiras constatações é que 50% dos óbitos precoces são registrados na primeira semana de vida do bebê.”
De acordo com Querodia, as mortes geralmente estão relacionadas a uma gravidez indesejada e principalmente entre mães adolescentes. “Metade dos partos de Ribeirão Pires em 2002 foram entre jovens de 13 a 20 anos.” Os óbitos estão relacionados a tentativas de aborto, drogas e falta de pré-natal. “Aí temos casos de má-formação e de problemas respiratórios.”
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.