A busca por respeito, atenção e apoio. Esses são alguns dos motivos que levam moradores de rua de Santo André a procurar a Casa Amarela.

Sem-teto há mais de quatro anos, o desempregado Suelmo Luiz Santana, 50, ressalta que sempre recorre à instituição quando precisa de algum auxílio. Porém, o mais importante para ele é a oportunidade de ser respeitado pelas pessoas.

"O atendimento aqui é ótimo. Gosto muito do pessoal, porque eu posso fazer brincadeiras sem ninguém achar ruim", comentou Santana.

Na manhã de ontem, vestindo um terno, Aristides Batista de Souza, 67, era um dos presentes na reinauguração da unidade. Para ele, a casa representa a oportunidade de se reintegrar à sociedade. "Moro na rua há muitos anos. Não tenho mais família, nem condições de saúde. Mas não tenho vícios. O pessoal da casa vai me encaminhar para um médico, e eu espero poder voltar a trabalhar", disse.

O também aposentado Maurilio Severino, 61, tem casa e família, mas há dois meses prefere viver na rua, devido aos seus vícios. Desde então, a entidade virou a sua segunda casa. "Sempre que é possível, passo aqui para o tomar um café, o banho e jantar. Gosto muito daqui, porque sou bem tratado por todos", afirmou.