A promessa de polêmica envolvendo a 29ª Bienal de São Paulo se concretizou logo em seu primeiro fim de semana. A obra Bandeira Branca, de Nuno Ramos, foi violada na tarde de sábado por pichadores. O grupo cortou a grade protetora do projeto e invadiu o espaço para deixar a mensagem de protesto Liberte os Urubu.

O texto faz alusão ao fato de que a obra conta com a participação de três urubus criados em cativeiro que estão em um grande espaço no prédio do Pavilhão Ciccillo Matarazzo, no Parque do Ibirapuera.

Em nota, a Fundação Bienal de São Paulo lamentou o ocorrido e salientou que a entidade repudia qualquer episódio envolvendo vandalismo e violência. Ainda de acordo com a Fundação, a proposta artística de Nuno Ramos atende aos requisitos legais referentes ao trato com animais.

Apesar da confusão, o artista disse que não irá prestar queixa contra o grupo que invadiu sua obra. A rede protetora já foi consertada e os dizeres foram limpos. Os pichadores ainda não foram identificados.

Bandeira Branca já havia chamado a atenção do público antes de ser montada na edição deste ano da Bienal ao originar um abaixo-assinado pela internet contra o trabalho.