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No Hospital Brasil, atendimento de PA demora até três horas
William Cardoso
Do Diário do Grande ABC
14/07/2009 | 07:47
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A diminuição no número de unidades de pronto atendimento particulares no Grande ABC tem provocado aumento na demanda do Hospital Brasil, em Santo André. Referência na região, a instituição viu crescer o volume de pacientes nos últimos dois anos. O resultado é a espera de até três horas antes de passar por um clínico geral, como registrado na tarde de ontem, por exemplo.

A demora provocou irritação em que aguardava por auxílio médico. Foi o caso do engenheiro Daniel Moura, 29 anos. Gripado, lamentava a previsão sombria sobre quando seria atendido. "No mês passado, aconteceu a mesma coisa. Falaram em três, mas fiquei aqui sentado por mais de cinco horas."

Outros não tiveram a mesma paciência que o engenheiro. O aposentado José Joaquim Bezerra, 52, buscou no serviço particular o apoio que não teve em unidades públicas. Com diabete, estava disposto a pagar R$ 140 por consulta no Hospital Brasil. Tudo isso para fugir dos mais de dois meses de espera para ser recebido por um médico do SUS (Serviço Único de Saúde). Mas a demora o fez desistir. "Vou ter que esperar ainda, mesmo pagando? Então vou embora."

O hospital não se omite em relação ao problema e aponta as causas. O fechamento de várias unidades particulares no Grande ABC nos últimos tempos direcionou a demanda formada por usuários de convênios para o Brasil. Há dois anos, o PA fazia 12 mil atendimentos por mês. Hoje, são 20 mil, 25% acima da capacidade ideal. "A utilização do serviço também é equivocada. Muitas pessoas procuram sem a real necessidade", explica o supervisor do setor, Mathew Kazmirik.

Para evitar mais transtornos, pacientes passam por triagem e os casos mais graves recebem prioridade. Ontem, o PA do Hospital Brasil contava com quatro clínicos gerais, três pediatras, um ortopedista, um cardiologista, um ginecologista e outro médico na retaguarda. Com a reforma promovida há pouco tempo, ampliou de nove para 23 o número de leitos de observação. Não foi suficiente: todos estavam lotados.




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