A mudança foi decidida depois da última açao da quadrilha, na madrugada deste domingo, quando três casas foram invadidas simultaneamente. Durante o arrastao, um morador foi baleado e outro, que estava sendo procurado pelos criminosos, jurado de morte.
O bando agiu como de costume: encapuzados, com armas de grosso calibre, arrombando as portas. Duas vítimas tiveram de pular o muro e se esconder no mato para nao ser mortas. Apesar dos inúmeros disparos, os criminosos nao conseguiram atingir ninguém e passaram a atirar contra paredes e móveis das casas invadidas, deixando todo o bairro em pânico. As crianças também foram alvo da violência. Integrantes da quadrilha bateram, chutaram e ameaçaram com espingardas calibre 12 mm três menores que estavam no local.
Onda de violência - O pavor, porém, ronda o bairro há dias. No último dia 9, Jovelina Matos, moradora do local, foi assassinada pela gangue, após ser assaltada. Um vizinho, que nao quis se identificar, afirmou que, na verdade, foi uma queima de arquivo. "Ela sabia e falava demais."
Segundo moradores, no local, impera a lei do silêncio. "O ataque só aconteceu porque algumas pessoas ouviram além da conta. Aqui, para estar a salvo, tem de ser na base do ninguém sabe, ninguém viu."
O delegado de plantao da delegacia Sede de Diadema Gabriel Ulisses Salomao esteve no local poucas horas após o arrastao e tentou convencer os moradores a prestar depoimentos.
Mesmo assim, segundo a polícia, eles continuam se negando a dar nomes e mais detalhes sobre os criminosos, alegando estar preservando a integridade física de suas famílias. "Estamos lidando com uma turma da pesada", disse um morador.
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