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Despachante vai depor na Ciretran
Luciano Cavenagui
Do Diário do Grande ABC
15/01/2007 | 22:33
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O despachante Alexandre Cafefi, proprietário do estabelecimento IAD, na Vila Pires, em Santo André, vai prestar depoimento quarta-feira na Ciretran (Circunscrição Regional de Trânsito) da cidade sobre a venda de renovação de CNH (Carteira Nacional de Habilitação) sem a devida prova de direção defensiva e de primeiros socorros, conforme reportagem publicada no domingo pelo Diário.

“Precisamos confirmar todos os detalhes das supostas irregularidades e vamos ouvir todos os envolvidos no caso”, afirmou o delegado Fábio Sanches Sandrin, que assumiu nesta segunda-feira interinamente o comando da Ciretran. O delegado titular do órgão, Edson Gianuzzi, saiu em férias na última sexta-feira.

O processo administrativo aberto pela Ciretran tem prazo de 30 dias para ser concluído, mas pode ser prorrogado por igual período quantas vezes forem necessárias. A punição varia desde advertência até cassação do registro do estabelecimento e de Alexandre Cafefi na Ciretran. Assim, o despachante fica proibido de exercer a atividade. Nesta segunda-feira, o despachante IAD funcionava normalmente.

Na esfera penal, o inquérito policial deve ser aberto ainda esta semana, pelo delegado titular do 3º DP de Santo André, Alberto José Mesquita Alves. “Tomei conhecimento hoje (segunda-feira) da denúncia. Pelo fato de o despachante estar na nossa área de policiamento, devo abrir inquérito em poucos dias”, afirmou o delegado.

Punição - O IAD já sofreu nesta segunda-feira uma punição significativa. O estabelecimento foi suspenso temporariamente da Adepaesa (Associação dos Despachantes e Auto-Escolas de Santo André). Com isso, Alexandre Cafefi e qualquer outra pessoa vinculada ao estabelecimento não podem usufruir da estrutura da entidade, que oferece assistência jurídica e auxílio na burocracia cotidiana de um despachante.

“O Conselho de Ética se reuniu hoje (segunda-feira) e decidiu pela suspensão temporária por causa dos indícios fortes apontados pela reportagem de que houve irregularidade. Precisamos aguardar o término das investigações para decidir pela expulsão definitiva ou não (de Alexandre Cafefi) do nosso quadro associativo. Uma coisa dessas mancha a imagem dos despachantes de Santo André”, afirma o presidente da Adepaesa, Simão Berto Bass.

Conforme demostrado pela reportagem, a IAD cobrou R$ 260 para renovar a CNH de outra cidade. Se fosse de Santo André, esse valor cairia para R$ 120. “Nesse mundo, com dinheiro a gente consegue tudo”, disse uma funcionária identificada como Jandira.



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