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Projeto de parque tecnológico na região avança lentamente
Soraia Abreu Pedrozo
Do Diário do Grande ABC
29/09/2009 | 07:00
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O projeto do parque tecnológico do Grande ABC caminha a lentos passos. Ontem, durante reunião que marcou retorno de Santo André ao grupo de trabalho, houve apenas um balanço das visitas às experiências de outras cidades e foi definida a data da realização de workshop, que deve acontecer durante a 1ª Semana Nacional da Ciência e Tecnologia, de 19 a 23 de outubro.

Além disso, o conceito mudou: não é mais parque tecnológico, mas pólo tecnológico que pode ter até sete parques, um em cada cidade do município. São Bernardo lideraria o automotivo; Santo André, o plástico; e São Caetano, o tecnológico. O grupo de trabalho reconhece oito cadeias produtivas na região, sendo, além dessas três, a cosmética, moveleira, gráfica, metalmecânica e construção civil.

Quanto à avaliação feita em relação às visitas aos outros parques - São José dos Campos, São Carlos e Vale dos Sinos -, foi constatado que será necessário ter contato com mais experiências para ter base para elaborar o projeto do Grande ABC. "Precisamos conhecer mais iniciativas. Durante o workshop, estão citados para vir representantes de Florianópolis e Recife", revela Marcelo Liothi, coodernador de desenvolvimento ambiental do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC.

Outro passo será entrar em contato com a Anprotec (Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores), que possui informações sobre todos os parques e incubadoras do País.

Em São José, boa parte do projeto foi financiado pela Embraer . "Nós não vemos uma empresa âncora desse porte aqui. Mesmo o setor automotivo sendo forte, é quebrado em diversas empresas competitivas."

Em São Carlos, a morosidade da conclusão do parque é um dos fatores mais citados. Em 25 anos, ele abriga apenas 90 empresas. Porém, se o grupo do Grande ABC não chegar a consenso em breve, corre o risco de seguir pelo mesmo caminho.

Para o secretário-adjunto da Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Santo André, Charles Camargo, de fato nenhum dos modelos atinge a necessidade da região. "Por isso, o ideal é que cada cidade toque o seu parque e seja estabelecida uma governança compartilhada." O município desenvolve projeto próprio desde janeiro, enquanto que o Consórcio encabeça a ideia do parque desde o início dos anos 2000.

Em relação ao Vale dos Sinos, na Região Metropolitana de Porto Alegre, visita que mais expectativa gerou por conta de ter uma multicentralidade, já que são quatro cidades envolvidas, quem encabeçou um projeto foi a Feevale, instituição de ensino do terceiro setor. "Não identificamos aqui uma universidade que emana da comunidade. E isso é, inclusive, uma autocrítica para nós", avalia Liothi.




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