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Influência da família ajuda a decidir profissão
Bruno Martins
Luana Arrais
24/09/2011 | 07:30
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Marina Brandão/DGABC


A influência da família é um dos fatores mais importantes para os jovens na hora de escolher uma profissão. Essa influência é clara nos alunos do Colégio da Polícia Militar de Santo André, que participaram ontem do Desafio de Redação do Diário.

Guilherme Ferrari, 15 anos, é um dos estudantes que na redação escreveram sobre o desejo de seguir na carreira de policial militar. "Muita gente aqui quer ser policial também, a maioria quer entrar para a Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar)." Com parentes na área é comum que, principalmente os garotos do colégio, pensem em tentar a mesma profissão. "Tenho influência do meu tio, que é policial, e depois que comecei a estudar aqui passei a pensar mais na carreira."

Apesar de sonhar com o trabalho na polícia, Guilherme também tem receio pelo perigo enfrentado pelos policiais. "Minha mãe não gosta dessa ideia, porque é muito arriscado e você ganha pouco para trabalhar muito." É por esse motivo que o garoto cogita a faculdade de Rádio e TV como segunda opção.

Enquanto ser policial é o desejo dos garotos, as meninas do colégio pensam em carreiras muito diferentes. Luana Gomes, 15, está preocupada com o futuro, mas não pensa em apenas ganhar dinheiro. "Na minha redação apontei essa questão das pessoas só escolherem uma profissão pelo dinheiro. É por isso que tem tantos profissionais ruins no mercado."

A estudante pretende estudar jornalismo, já que possui facilidade para se comunicar e escrever, mesmo sabendo das dificuldades do mercado na área. Vitória Silva, 14, é uma das alunas que concordam com Luana e já está decidida em cursar Medicina Veterinária e abrir a própria clínica. "Prefiro ter um lugar só meu, é bem mais tranquilo", comentou.

 

Aluna planeja primeiros passos da carreira 

Desde que o Desafio de Redação começou a percorrer as escolas das sete cidades do Grande ABC, muitos participantes descobriram qual profissão seguir ou reforçaram o desejo que tinham em mente. Para alguns jovens, porém, o concurso literário promovido pelo Diário serve também para definir os passos para alcançar o sucesso.

É o caso de Bianca Munari, 12 anos, estudante do 8º ano no Centro Educacional Cidade El Shadai, em Santo André. Ela cria suas próprias camisetas e pretende transformar o atual hobby em um negócio. "Eu quero abrir uma loja na internet. Tenho que começar a pensar hoje para não ficar parada sem saber o que fazer."

Caso Bianca consiga tirar a ideia do papel, essa não será sua primeira experiência no mundo virtual. "Já fiz um blog uma vez, mas falava apenas sobre as tendências (da moda)", contou.

Para a garota, que pretende ser estilista, mais importante do que ganhar bem é fazer o que gosta. Esse foi o tema da redação escrita por ela. "Muitas pessoas escolhem a carreira apenas pelo salário, não pelo talento de verdade. Uma profissão que dá dinheiro hoje pode não dar retorno amanhã."

Nesta quinta edição do concurso, os estudantes devem escolher entre dois temas para produzir suas redações: Profissões do Futuro (para alunos do 6º ano do Ensino Fundamental ao 2º ano do Ensino Médio) e Profissões do Pré-sal, Indústria do Petróleo e Gás (3º ano do Médio). Vários prêmios estão em jogo, incluindo uma bolsa de estudos integral na Universidade Municipal de São Caetano.

"Gostaria de dar os parabéns ao Diário. O Desafio é a melhor coisa que o jornal poderia fazer", disse a coordenadora do Ensino Fundamental 2 (6º ao 9º ano) e Médio da Cidade El Shadai, Sandra Henriques.




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