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Mulher levava droga para cadeia
Bruno Ribeiro
Do Diário do Grande ABC
08/09/2006 | 21:44
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A Dise (Delegacia de Investigação Sobre Entorpecentes) de Santo André prendeu sexta-feira uma mulher acusada de distribuir drogas para presídios de todo o Estado . Joana Rodrigues Valente, 36 anos, a Preta, agenciava mulheres para esconder cocaína e maconha dentro na vagina, para repassar a presos durante as visitas íntimas. Segundo a polícia, apenas durante uma semana de escutas telefônicas, Preta negociou a entrada de drogas em quatro cadeias do Estado.

Ela foi detida no momento em que entregava entorpecentes para um rapaz numa estação do Metrô da Capital. O homem também foi preso. Ficou detida ainda a filha da acusada, de 17 anos, que estaria escondendo drogas na casa do marido.

Os investigadores da Dise receberam uma carta anônima relatando a atividade de Preta no final do mês passado, e obtiveram liminar para realizar escutas telefônicas a partir de 1º de setembro. Relataram terem ouvido a distribuição de drogas para as cadeias públicas de Pinheiros, Avaré e Casa Branca, além do CDP (Centro de Detenção Provisória) de Santo André.

Segundo os investigadores, Preta cobrava R$ 450 por quilo de cocaína enviada à cadeia. A menina que levava recebia o pagamento também em cocaína. Somente em uma das ligações, ela teria negociado R$ 4 mil em drogas.

Dado o volume de drogas negociado, os policiais disseram não ter precisado manter as escutas telefônicas por muito tempo para reunir provas contra a acusada. Sexta-feira, depois de ouvi-la combinando um encontro com um rapaz na estação Itaquera, se dirigiram ao local para prendê-la. “Foi fácil encontrá-la. Ela tinha combinado com o cara como ela estaria vestida”, contou um dos policiais que a prenderam.

O rapaz preso é Paulo Roberto Maximiniano, 35 anos, que não contou o que faria com a droga. A negociação envolveu dois tabletes de 300 gramas de cocaína.

Depois da prisão, os policiais foram com Preta até a casa dela para verificar se havia drogas. Nada foi encontrado, Na seqüência, os policias foram até a casa da filha da mulher, e lá sim havia cocaína e maconha. Por isso, a polícia decidiu deter a adolescente também.

O principal comprador com quem a acusada negociava, de acordo com a polícia, era Alexssandro Alves de Andrade, preso na cadeia de Pinheiros. De acordo com as escutas, Alexssandro seria membro do PCC (Primeiro Comando da Capital), mas não ficou claro se o preso ocupava algum cargo de chefia na organização criminosa.

À reportagem, Preta confirmou apenas que faria o agenciamento das meninas, mas que não fazia as entregas. Mas não soube responder por que estava cadastrada nos registros de entrada do CDP de Santo André.



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