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Carros seminovos voltam a ter preços atraentes
Paula Cabrera
Do Diário do Grande ABC
08/04/2010 | 07:00
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Claudinei Plaza/DGABC


A hora de comprar carro seminovo é agora. Com a volta do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) sobre os veículos novos, lojas de automóveis da região apostam no incremento de 20% nas vendas graças aos preços atraentes e a facilidade de pagamento no financiamento dos veículos.

Como o mês de março - último com desoneração fiscal - afugentou grande parte de clientes das lojas de usados, donos de revendedoras afirmam que os preços ofertados continuarão os mesmos pelos próximos 40 dias, período em que aguardam posição das montadoras sobre como ficará a venda dos novos. "O aumento nos custos ainda demora para chegar, porque o percentual de revisão dependerá também de como ficará o preço do zero-quilômetro. Nos seminovos, a redução chegou na época da crise financeira e, depois disso, não recuperamos o patamar. Teve carro de R$ 35 mil vendido por R$ 30 mil. E os valores devem permanecer os mesmos por cerca de 40 dias", conta Eliezer Venâncio de Souza, proprietário da Venâncio Multimarcas, em São Bernardo.

Pedro Luiz,vendedor da Edu-car, em São Caetano, atesta que o fim do benefício fiscal já anima o setor. Segundo ele, mais clientes procuraram o local na última semana. "Com o aumento nos custos dos novos, mais gente vem comparar preços e acha atrativo o seminovo. Definitivamente melhora os lucros do segmento."

Apesar da melhora, o sócio-proprietário da Viaduto Automóveis, em Mauá, Rogério Lage Ribeiro, avalia que as vendas não retomarão o patamar pré-crise. "Vendiámos 30 carros por mês, agora, não passo de três", alega.

Com o aquecimento do mercado e a possibilidade de financiamento a perder de vista, o comerciante alega que consumidores preferem o carro zero, mesmo que isso signifique passar mais tempo no crediário. "As concessionárias que não negociavam carros usados agora os aceitam, inclusive como parte do pagamento. Os novos são mais atrativos e, com maior prazo, é mais fácil encarar prestações."

MAU NEGÓCIO - A expectativa de retomada do mercado não é sinal, no entanto, de bom negócio imediato para quem quer vender seu automóvel. Os revendedores ainda têm grandes estoques e seguirão pagando pouco pelo produto. "Compramos qualquer carro, mas negociamos para garantir bons preços", pontua Ribeiro.




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