Difícil mesmo era deixar de lembrar do corintiano Nei ao ver o goleiro argentino Bonano, possivelmente pior do que o próprio Nei. Dá pena, pois o Bonano é muito fraco - quando a bola nao chega nele, até parece um goleiro. Ainda bem que deixei, desde às 23h32 desta quarta, de torcer pelo time argentino, cujo treinador, Ramón Díaz, é a cara do famigerado Collor de Mello.
Alguns jogadores do River também parecem ter parado no tempo. Sorín, o lateral-esquerdo, lembra o Capitao Caverna nao só pelo visual grotesco, mas também pelo futebol da idade da pedra lascada. Lamentável.
O Palmeiras entrou em campo tao seguro de si - na realidade, todos sabiam que o time era muito melhor do que o River - que deu poucas chances para o adversário esboçar uma reaçao no primeiro tempo. Ao contrário do que havia previsto Felipao, nada para morrer do coraçao.
No segundo tempo, quem diria: aos 26 minutos, a torcida começa a pedir em coro o nome de Euller, algo que jamais pensei que poderia acontecer. Nada como marcar dois gols numa partida decisiva como foi aquela contra o Flamengo...
Irritante mesmo foi o árbitro uruguaio Gustavo Mendez, que apitou tudo e mais um pouco. Lances sem a menor necessidade de marcar faltas, mas que Mendez fez questao de parar o jogo, colaborando para aumentar o nervosismo que surgiu sem ter sido convidado no segundo tempo.
Euller entrou, mas nao disse a que veio. Correu pouco, estragou alguns contra-ataques e talvez tenha matado algum palmeirense do coraçao quando teve a chance de matar o jogo, mas bateu de forma tímida, na trave. O gol salvador veio e o River Plate dançou seu último - e triste - tango em Sao Paulo.
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