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Prévia petista deve mudar secretariado
Leandro Laranjeira
Do Diário do Grande ABC
24/11/2007 | 07:23
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A prévia petista em Santo André, cujo segundo turno entre a vice-prefeita Ivete Garcia e o deputado estadual Vanderlei Siraque ocorre neste domingo, vem deixando os petistas mais tensos e preocupados do que parece.

Ventila-se que a eleição interna para a escolha do candidato a prefeito em 2008 não deixará apenas o partido em pedaços. Ao que tudo indica, o processo terá influência direta no governo do prefeito João Avamileno.

Informações dão conta de que, independentemente do resultado nas urnas neste domingo, ao menos cinco secretários estão com “os dias contados” na administração: Luís Paulo Bresciani (Desenvolvimento Econômico e Ação Regional), Marcela Cherubine (Assuntos Jurídicos), Miriam Mós Blois (Obras e Serviços Públicos), Rosana Denaldi (Desenvolvimento Urbano e Habitação) e Vânia Barbosa do Nascimento (Saúde).

A especulação vem ganhando força desde o anúncio do resultado do primeiro turno – vencido por Ivete por sete votos (1.076 a 1.069). Dizem que a demissão deles “é uma questão de tempo”. Há quem acredite que no próximo ano a Prefeitura terá configuração totalmente nova no que diz respeito ao primeiro escalão.

Isso porque o prefeito não teria mais confiança na equipe, que ficou contra ele na prévia – enquanto o chefe do Executivo manifestou apoio à candidatura de Siraque, os secretários seguiram caminho inverso e optaram por Ivete.

Outra informação dos bastidores é que o secretariado não aceitará a retaliação. No caso de um ser demitido, os outros também pediriam demissão. Nenhum dos secretários citados foi encontrado para comentar o assunto.

Já o prefeito Avamileno se irritou com o que chamou de “boataria”. Por meio da assessoria de imprensa, disse que “não desperdiçaria energia com especulações porque precisa gastar o tempo governando a cidade.”

Contradição - Avamileno admitiu que antes do término do ano fará uma avaliação do trabalho realizado pela equipe. Segundo ele, “somente em caso de necessidade” haverá troca de peças. Ele rechaça, porém, que uma suposta mudança seja motivada pela prévia.

Mas a tendência já mostra contradição no discurso usado pelo prefeito no final de 2006. Na oportunidade, em entrevista ao Diário, ele rasgava elogios à equipe de governo – única entre as administrações no Grande ABC a não sofrer mudança naquele ano. O prefeito até mesmo resistiu à pressão feita pelo PMDB – que reivindicava o comando de pastas para permanecer na base aliada – para não mexer no primeiro escalão tamanha a satisfação.

“Em time que se ganha não se mexe. A não ser por contusão ou porque o jogador quis sair”, afirmou o petista à época, indicando que permaneceria com o atual secretariado até o final da gestão. “Minha equipe é confiável e boa. Os problemas que temos são administráveis”, chegou a dizer.



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