Cultura & Lazer Titulo Show
Com vocês, os Stones

Britânicos apresentam hoje ‘Olé’ na Capital com
direito a replay; fãs apostam no ‘show de suas vidas’

Marcela Munhoz
24/02/2016 | 07:00
Compartilhar notícia
Celso Luiz/DGABC


Janeiro de 1995. Abril de 1998. Fevereiro de 2006. O que você estava fazendo nestas datas? Se é fã de verdade dos Rolling Stones ou aproveitou a chance para curtir de perto os ídolos ou se lamentou por não ter visto uma das turnês do grupo no Brasil – Voodoo Lounge, Bridges To Babylon e A Bigger Bang Tour, respectivamente. Pois bem, agora chegou nova oportunidade de, finalmente, fazer parte da história do grupo. E tem muita gente esperando “uma vida toda” por isso.

Dez anos depois do recorde de público dos ingleses (eles reuniram mais de 1,5 milhão na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro), Mick Jagger, 72 anos, Keith Richards, 72, Charlie Watts, 74, e Ronnie Wood, 68, estão de volta ao País. A banda, que se apresentou sábado para mais de 60 mil no Maracanã, sobe ao palco do Morumbi, em São Paulo, hoje e no sábado, a partir das 21h. Desta vez, trazendo na bagagem a turnê Olé. E ainda há ingressos – com preços que chegam a R$ 900 – no site rollingstones2016.com.br. Antes de irem embora, eles se apresentam no Beira-Rio, em Porto Alegre, no dia 2.

Karine Francisco, 37, de São Bernardo, vai de pista hoje. Ela é fã dos Stones desde criança e está bem empolgada com a chance de vê-los e ouvi-los de perto. “Eles ajudaram a formar meu gosto musical. São diferentes porque, além de criarem músicas, criaram identidade. Estão na moda desde que começaram e têm fãs de todas as idades. São símbolos de autenticidade”, declara a gerente de logística, cujo álbum favorito é Exile on Main Street.

O músico Rafael Stanguini, 33, também não vacilou e comprou ingresso para a pista de sábado. Segundo o morador de São Caetano, estar neste show é “oportunidade única (e provavelmente a última) de ver a maior banda de rock de todos os tempos”. Para ele, a carreira longa e de sucesso deve-se à adaptação do grupo. “Se adaptaram à música moderna, mas sem se render aos modismos do pop. Nunca deixaram de ser banda genuinamente de rock. Presenciar Mick Jagger e Keith Richards em plena atividade no alto de seus 70 anos, não tem preço.”

Lucas Lazarte Duarte, 24, de Santo André, é exemplo da nova geração que curte os setentões das línguas de fora. Começou a ouvir o som aos 12 anos e tentou de tudo para o pai deixá-lo ver a banda em Copacabana quando tinha 14. Não conseguiu. Por isso, fez questão de comprar pista premium para o show de sábado. “Só pensava que precisava estar lá desde o fim de 2014, quando eles disseram que voltariam ao Brasil. Quero ver, especialmente, Keith Richards ao vivo. O cara é um ótimo músico, criou os melhores riffs da história do rock e, na minha opinião, é imortal”, brinca. Duarte está torcendo por um setlist recheado por músicas como Gimmie Shelter, She’s a Rainbow, Sympathy for the Devil e, para encerrar, Satisfaction.

No repertório apresentado no Rio de Janeiro, a banda tocou Start Me Up, It’s Only Rock ‘n’ Roll,Tumbling Dice, Out of Control, Doom and Gloom, Angie, Paint It Black, Honky Tonk Women, You Got the Silver, Before They Make Me Run, Midnight Rambler, Miss You, Gimme Shelter, Sympathy for the Devil, Jumpin’ Jack Flash, You Can’t Always Get What You Want, (I Can’t Get No) Satisfaction, Brown Sugar e Like a Rolling Stone (após resultado de enquete on-line com fãs brasileiros).

Essas duas últimas são as mais esperadas por Valter Cacioli, 69, de São Bernardo, para o show de hoje, quando terá a chance de ver sua banda favorita ao vido pela segunda vez na vida. O aposentado esteve na apresentação de 1998 com a mulher e os três filhos. “Lembro muito bem da vibração da plateia, foi sensacional. Me recordo também da felicidade dos meus filhos, que começaram a curtir rock na época. Espero poder gritar ‘Yeah, yeah’ e pular e gritar junto. Afinal, se eles podem, eu também posso. Temos a mesma idade!”, finaliza. E que fevereiro de 2016 também fique marcado na memória dos fãs para sempre.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;