Sebastian Vettel largar na pole position, é fato normal - foi a nona vez nesta temporada -, Lewis Hamilton e Mark Webber em segundo e terceiro, respectivamente, também. O tempo instável, com alternância de pista seca e chuva, também era esperado ontem em Spa-Francorchamps. O que fugiu do foi o desempenho de Bruno Senna. Ele roubou a cena ao colocar a Lotus-Renault na sétima colocação, à frente do companheiro de equipe, Vitaly Petrov, que sai em nono, e do espanhol Fernando Alonso (oitavo). Felipe Massa ficou em quarto e Rubens Barrichello, que foi atrapalhado no fim do Q2 (segunda parte do treino), larga em 14º.

O bom resultado surpreendeu até mesmo Bruno Senna, que foi confirmado como titular da Renault no início da semana e na sexta-feira havia rodado na pista molhada. "Eu também estou de boca aberta", brincou o piloto, que na temporada passada correu pela fraquíssima Hispânia. "Estava acostumado a disputar posições para trás, e não entre os primeiros", comentou.

O desempenho do brasileiro rendeu elogios dos integrantes da Renault e até mesmo dos adversários, incluindo Felipe Massa. "Ele me deu os parabéns, assim como todo o pessoal da equipe. Estou muito contente porque o resultado serve para aliviar um pouco a pressão desta primeira corrida pela Lotus-Renault e a necessidade de me sair bem", afirmou Bruno.

EM CIMA DA HORA - O grid de largada foi decidido nos momentos finais do treino e a pole conquistada por Vettel já com o cronômetro zerado. Faltando um minuto para o fim do Q3, Vettel passou Mark Webber e assumiu a pole provisória, com ainda uma volta por fazer

Lewis Hamilton veio a seguir e anotou 1min48s730, marca difícil de ser superada. Mas Vettel aproveitou muito bem seu último giro e conseguiu bater em quase 0s4 o tempo do britânico, sacramentando a nona pole da temporada.

PUNIÇÃO - Após o treino, a FIA puniu Pastor Maldonado, da Williams, pela batida em Hamilton, no fim do Q2. Ele perdeu cinco posições e caiu da 16ª para a 21ª colocação.

Massa fica satisfeito e Barrichello lamenta

Felipe Massa ficou satisfeito com a quarta colocação, principalmente por largar qautro posições à frente do companheiro de equipe, Fernando Alonso.

"No início da sessão, quando começou a chover, se tivessem me oferecido a quarta colocação eu teria aceitado na hora. Meu resultado não foi ruim, mesmo que os carros na minha frente tenham sido bem mais rápidos. Entretanto, é verdade que as condições do Q3 foram as piores possíveis para nós. Não conseguíamos o melhor nível de aderência, porque tivemos problemas para aquecer os pneus."

Rubens Barrichello lamentou o tráfego que o atrapalhou no fim do Q2, quando foi atrapalhado por Heikki Kovalainen na última volta. "Não foi culpa dele. Seu carro é que é muito lento", afirmou.