Área de carga e descarga no Largo da Vila Luzita mal foi inaugurada e já é motivo de polêmica. Comerciantes ouvidos pelo Diário, ontem, durante entrega de três ambulâncias e da revitalização do largo, afirmaram que o local deveria abrigar estacionamento para clientes.

Isso porque na maior parte da Avenida São Bernardo, no trecho que fica no largo, é proibido estacionar. "A área poderia ser estacionamento para os clientes, que reclamam bastante da falta de vagas. Para o abastecimento poderia ser usada alguma área no entorno", disse o comerciante Jair Caldas, 37 anos.

Outro comerciante, Amilton José Bosccoff, 47, disse que os lojistas foram consultados pela administração. "Fizemos reuniões com o departamento de Obras e pedimos vagas para estacionamento. Sugerimos outros endereços para carga e descarga, inclusive", afirmou Amilton, que tem comércio há dez anos naquela área.

"Sou a favor de se criar uma Zona Azul com carência de 30 minutos", sugeriu Durval Luiz Caratin, 65, que há 16 mantém uma loja no largo.

Questionado, o prefeito Aidan Ravin (PTB) explicou que a área é pequena para a criação de estacionamento. "Um novo local para estacionar não vai contemplar a demanda. Mas se for a vontade dos comerciantes, podemos conversar e rever. Estamos abertos para propostas", declarou.

AMBULÂNCIAS

O prefeito também entregou três ambulâncias aos pronto atendimentos Bangu, Central e Vila Luzita, que funcionarão 24 horas. "Os novos equipamentos ajudarão a diminuir a espera para remoções, transferências e realização de exames, ajudando a salvar vidas", comentou o prefeito Aidan Ravin (PTB).

Somente o PA da Vila Luzita faz 1.000 atendimentos ao dia, 3.600 exames por mês e 1.810 procedimentos mensais, entre eletrocardiograma e inalação, entre outros.

O Pronto Atendimento Central atende 800 pessoas por dia e faz 1.300 procedimentos. No Bangu passam 430 pacientes por dia.

Obras contra enchentes são concluídas ao custo de R$ 10 mi

O Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André investiu R$ 10 milhões nas obras antienchentes na região da Vila Luzita. Foram construídas, desde julho de 2010, galerias de águas pluviais para captação e armazenamento parcial de água proveniente das ruas e sarjetas.

Diversas ruas receberam intervenções. Cerca de 10 mil pessoas que moram e circulam no local foram beneficiadas.

PROTESTO

A merendeira Roselâine Soares de Souza, 41, e o operador de máquinas Alexsandro Irineu dos Santos, 31, protestaram durante o evento contra o arquivamento do processo que apurava responsabilidade sobre a morte do filho, Murilo Duvilho Quartarolo, eletrocutado no dia 23 de setembro de 2010, ao encostar no Largo da Vila Luzita, onde havia fio desencapado, utilizado para obras do Semasa.

Aidan conversou com o casal e se dispôs a intervir no caso. A juíza Tereza Cristina Cabral Santana Rodrigues, da 2º Vara Criminal do município, solicitou arquivamento do processo 1.719/2010 em 27 de dezembro de 2010 acatando posicionamento do Ministério Público.