O estudo usará uma vacina que utiliza tecnologia baseada no emprego de um vírus chamado adenovírus, modificado para não ser capaz de se multiplicar, mas que estimula a pessoa vacinada a produzir defesa imunológica contra o HIV.
Segundo o médico infectologista Esper Kallás, coordenador da pesquisa na Unifesp, a vacina contra o HIV está sendo testada em sua primeira fase – toda vacina tem de passar por três etapas para que sua eficiência seja comprovada.
Serão recrutadas para o teste somente pessoas que não possuem o vírus HIV. Não há número definido de vagas, que serão preenchidas à medida que os interessados que procurarem a instituição se encaixarem nos critérios estabelecidos. “É importante lembrar que o produto que será testado como vacina não é produzido com vírus de HIV vivo, portanto não pode produzir Aids”, afirmou Kallás.
Segundo ele, nesta etapa do teste não há como provar se a vacina é eficaz. “O medicamento vai induzir uma resposta contra o vírus em pessoas sadias”, explicou. De acordo com o infectologista, somente na terceira fase de testes, quando o medicamento será administrado em um número maior de pessoas e que possuem maior risco de pegar a doença, é que sua eficácia será comprovada ou não. Em nenhum momento da pesquisa serão aceitas pessoas que já possuem o vírus.
Inscrições – As pessoas interessadas em participar da pesquisa devem se inscrever pela Internet, no endereço www.vacinashiv.unifesp.br. Os especialistas irão entrar em contato para um entrevista, que definirá se a pessoa está apta ou não.
O site também traz explicações sobre o processo de desenvolvimento de vacinas que pode esclarecer dúvidas dos voluntários.
Segundo informações da assessoria de imprensa do CRT DST/Aids, o centro irá participar do teste, mas não começará a recrutar voluntários por enquanto, pois aguarda definições internas de como isso será feito. Até o fim deste mês deverá ser divulgado como a seleção irá acontecer.
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